China diz ter lançado a 'internet mais rápida do mundo' com 1,2 Tb/s de velocidade
Tecmundo
A China lançou nesta semana o que ela afirma ser a “internet mais rápida do mundo”, com capacidade de transmitir dados a 1,2 Terabits por segundo (Tb/s), de acordo com as empresas envolvidas no projeto. A velocidade é cerca de dez vezes maior do que a taxa oferecida pelas redes mais avançadas do momento.
Superando um prazo global que previa o lançamento do serviço de internet de ultra alta velocidade acima de 1 Tb/s apenas em 2025, a iniciativa é composta por uma rede com aproximadamente 3 mil km de fibra óptica. O cabeamento liga as cidades de Pequim, na região norte do país, a Guangzhou, no sul, passando por Wuhan , na parte central.
Empresas, órgãos do governo e instituições de ensino e pesquisa terão acesso à rede ultrarrápida.
Esta nova linha foi ativada em julho, quando começaram os testes que ajudaram a comprovar a alta velocidade fornecida pela rede de backbone . A maior parte das redes semelhantes atuais opera a “apenas” 100 Gb/s, mas a atualização recente de um backbone nos Estados Unidos permitiu alcançar 400 Gb/s.
Lançada oficialmente pelo governo chinês na última segunda-feira (13), a internet mais rápida do mundo foi desenvolvida por meio de parceria entre a Universidade de Tsinghua, China Mobile, Cernet Corporation e Huawei Technologies. Ela faz parte da Infraestrutura de Tecnologia da Internet do Futuro da China (FITI).
Muito mais rápida do que os serviços atualmente disponíveis, a nova rede de internet de ultra alta velocidade da China é capaz de otimizar transmissões online, downloads e muitas outras tarefas. Com ela, o usuário consegue baixar 150 filmes em 4K em apenas um segundo, como explicou o vice-presidente da Huawei , Wang Lei.
Para aproveitar toda a capacidade oferecida, é necessário utilizar um roteador ultrarrápido desenvolvido pelos participantes do projeto, o que pode limitar o alcance do serviço. Dessa forma, a rede não deverá estar disponível tão cedo para os consumidores residenciais.
A princípio, a novidade vai atender empresas, instituições de ensino e pesquisa e órgãos do governo que necessitam de transferências de dados cada vez mais rápidas. As áreas de saúde e segurança nacional também serão beneficiadas, assim como os veículos elétricos conectados.