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Coinbase demite quase mil funcionários e culpa 'atores sem escrúpulos'
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Coinbase demite quase mil funcionários e culpa 'atores sem escrúpulos'

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Tecmundo
10/01/2023 22h30
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Em e-mail divulgado nesta terça-feira (10) no blog da empresa, a Coinbase, conhecida exchange de criptomoedas com sede em São Francisco, nos EUA, anunciou a demissão de 950 funcionários. De acordo com o cofundador e CEO da companhia, Brian Armstrong, a medida se justifica pelo momento difícil do mercado de criptomoedas, além do que chamou de "consequências de atores sem escrúpulos na indústria'".

É a segunda grande rodada de dispensas na casa de câmbio digital em menos de um ano. Em junho passado, a Coinbase demitiu 1,1 mil funcionários, o equivalente a 18% de sua folha de pagamento, além de 60 integrantes das equipes de recrutamento e integração institucional em novembro de 2022.

A referência a “atores inescrupuloso da indústria” é praticamente direta ao desmoronamento da gigante de criptomoedas FTX, cujo ex-CEO Sam Bankman-Fried está sendo acusado de fraude e lavagem de dinheiro. Segundo Armstrong, as demissões deste ano visam reduzir as despesas operacionais da Coinbase em 25% já no primeiro trimestre.

Ainda há muito medo no mercado cripto

Fonte: Coinbase/Reprodução.Fonte: Coinbase/Reprodução.Fonte:  Coinbase 

Os funcionários da exchange californiana afetados pela medida receberão ainda nesta terça-feira e-mails comunicando a dispensa e informando alguns benefícios: a empresa pagará um mínimo de 14 semanas de salário base, acrescido de duas semanas por cada ano trabalhado.

Chamando o efeito dominó provocado pela quebra da FTX de “olho roxo para a indústria”, Armstrong pondera que, embora a demissão de colegas seja sempre uma atitude dolorosa, “não havia como reduzir nossas despesas de maneira significativa, sem considerar mudanças no quadro de funcionários”.

Em entrevista à CNBC, o CEO da companhia previu que, embora um maior escrutínio em empresas cripto signifique uma garantia de que elas sigam as regras, ainda há muita dor no horizonte. “No longo prazo, isso é uma coisa boa. Mas no curto prazo ainda há muito medo do mercado”, concluiu.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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