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Como a Via Láctea é observada por meio de ondas gravitacionais; veja o vídeo
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Como a Via Láctea é observada por meio de ondas gravitacionais; veja o vídeo

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Tecmundo
26/09/2023 17h20
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Em um estudo publicado na revista científica The Astronomical Journal, cientistas do Laboratório de Astrofísica Gravitacional do Centro Espacial Goddard, da NASA, produziram uma simulação que mostra como o céu da Via Láctea pode ser visualizado por meio de ondas gravitacionais. Em um vídeo, é possível observar a intensidade e a frequência dessas perturbações gravitacionais.

Além de apresentar um visual incrível, a simulação também nos demonstra uma breve impressão de como os futuros instrumentos espaciais, como observatórios de ondas gravitacionais , poderão observar os fenômenos cósmicos da Via Láctea. 

Os pontos mais brilhantes apresentam os sinais mais fortes, enquanto as áreas mais coloridas representam as regiões menos conhecidas e as cores mais claras podem ser explicadas como as frequências mais altas das ondas.

O vídeo foi produzido a partir de dados simulados sobre os sistemas binários ultracompactos (UCBs), onde estrelas binárias evoluem para remanescentes estelares — os dados simulam a distribuição esperada e os sinais de ondas gravitacionais destes sistemas. Os cientistas explicam que essas informações não são detectadas facilmente, pois não emitem grandes quantidades de luz visível, o que dificulta a coleta de informações por meio dos telescópios espaciais atuais.

"Sistemas binários... preenchem a Via Láctea, e esperamos que muitos deles contenham objetos compactos como anãs brancas, estrelas de nêutrons e buracos negros em órbitas estreitas. Mas precisamos de um observatório espacial para 'ouvi-los', pois as suas ondas gravitacionais ressoam em frequências muito baixas para os detectores terrestres”, disse a líder da investigação Cecilia Chirenti, associada do Laboratório de Astrofísica Gravitacional do Centro Espacial Goddard e da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.

Os sistemas binários ultracompactos costumam ser a casa de anãs brancas, buracos negros ou estrelas de nêutrons, assim, os cientistas utilizaram dados simulados desses ambientes para criar um mapa sintético de todo o céu da Via Láctea .

A imagem apresenta detecções simuladas pelo LISA (na parte de cima) e AMIGO (na parte de baixo) de sistemas UCBs.A imagem apresenta detecções simuladas pelo LISA (na parte de cima) e AMIGO (na parte de baixo) de sistemas UCBs.

Os pesquisadores acreditam que os futuros observatórios, como o Laser Interferometer Space Antenna (LISA), da Agência Espacial Europeia (ESA), serão essenciais na detecção das ondas gravitacionais. Atualmente, os instrumentos terrestres dos observatórios LIGO, Virgo e KAGRA detectaram mais de 90 eventos de ondas gravitacionais; um número baixo em relação ao que o nosso universo oferece — até porque muitas fontes dessas ondas estão além da nossa galáxia.

"Nossa imagem é diretamente análoga a uma visão de todo o céu em um tipo específico de luz, como visível, infravermelho ou raios-X. A promessa das ondas gravitacionais é que podemos observar o universo de uma maneira totalmente diferente, e esta imagem realmente enfatiza isso. Espero que um dia eu possa ver uma versão feita com dados reais do LISA em um pôster ou camiseta”, disse o membro da equipe e associado da NASA, James Ira Thorpe. 

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Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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