Consoles PlayStation dominam 70% do mercado, revela Microsoft
Tecmundo
O presidente da Microsoft, Brad Smith, disse que os consoles da Sony dominam com uma larga vantagem o mercado de jogos eletrônicos. O executivo ainda argumentou que o Xbox está muito atrás da concorrente em vendas.
“Pense no mercado da Europa, onde a Sony tem uma participação de 80%. Globalmente, é cerca de 70/30 [70% dominado pela Sony e 30% da Microsoft]. No Japão, é 96/4. Esses números têm se mantido notavelmente estáveis por duas décadas. Mesmo no ano passado, quando houve problemas com a cadeia de suprimentos da Sony, eles voltaram com força”, revelou Smith durante uma conferência com a imprensa ontem (21).
O presidente da gigante de Redmond utilizou o argumento da distância entre Sony e Microsoft para defender que a compra da Activision Blizzard não representaria um risco de monopólio no mercado de games.
Citando a dominância do PlayStation, Smith criticou o fato de que a marca japonesa está lutando contra a aquisição bilionária. Apesar do cenário, ele disse que ainda é possível fechar um acordo com a Sony, já que a Nintendo e até Nvidia já estão garantidas que terão Call of Duty por pelo menos 10 anos.
“A Sony pode gastar todas as suas energias tentando bloquear esse negócio, o que reduzirá a concorrência e retardará a evolução do mercado. Ou eles podem se sentar conosco e fechar um acordo”, disparou.
O presidente da Microsoft ainda aproveitou a concorrente japonesa, dizendo que ela chegou a argumentar para órgãos reguladores que CoD é um produto obrigatório porque está disponível para 120 milhões de dispositivos. Smith afirmou, então, que ela não deveria se opor à compra da Activision Blizzard, já que o acordo pode levar CoD para 150 milhões de jogadores.
A coletiva de Brad Smith foi dada para informar sobre a situação do imbróglio entre Microsoft, Activision Blizzard e a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) do Reino Unido. A entidade havia dado um prazo de até ontem para que a empresa de tecnologia desse alternativas para concluir o negócio.
Em 8 de fevereiro, a CMA decidiu provisoriamente que a conclusão do acordo poderia ser ruim para o mercado de jogos eletrônicos. Como remédio, a autoridade europeia chegou a sugerir que a Microsoft vendesse Call of Duty para outro empreendimento.
O presidente da Microsoft respondeu que não acha que faz sentido vender nem CoD e nem a divisão Activision ou divisão Blizzard. Além disso, ele garantiu que a gigante da tecnologia está “mais do que pronta” para responder sobre qualquer dúvida dos reguladores.
Por fim, o executivo defendeu a aprovação do acordo bilionário, já que tem “que acreditar que o futuro é multiplataforma”, sugerindo que não há intenção de deixar franquias como Crash, World of Warcraft, Spyro e outras como exclusivas.