Dell planeja parar de usar chips fabricados na China
Tecmundo
A norte-americana Dell pretende parar de usar chips semicondutores e reduzir o número de componentes produzidos na China até 2024. Conforme o Nikkei, a mudança visa diminuir a dependência da cadeia de suprimentos do país asiático.
Paralelamente, a medida é uma forma da empresa contornar a difícil relação geopolítica entre os EUA e a China. Além disso, as operações nas fábricas chinesas foram bem afetadas pelas ações contra uma nova onda de Covid-19 nos últimos meses.
Dell pretende explorar a diversificação da cadeia de suprimentos no mundo.
Segundo o Nikkei, a nova política da Dell também planeja cortar o uso de chips e outros itens fabricados na China por empresas não chinesas. Então, a marca pede que os fornecedores aumentem a capacidade de produção fora do país asiático.
“Exploramos continuamente a diversificação da cadeia de suprimentos em todo o mundo, que faz sentido para nossos clientes e nossos negócios”, respondeu um representante da Dell ao Business Insider.
A estratégia da Dell reflete a preocupação das big techs norte-americanas sobre as políticas do Governo Biden ao reprimir o setor de chips da China. No caso, a cadeia de suprimentos faz parte do plano chinês de “dominação” da indústria de tecnologia.
O governo norte-americano já impôs o controle de exportação de equipamentos para fábricas chinesas que produzem processadores lógicos avançados. Bem como, o Departamento de Comércio dos EUA baniu mais de 20 empresas chinesas de chips de IA.
Apple também planeja ser menos dependente da cadeia de suprimentos da China.
Várias empresas norte-americanas planejam migrar a produção dos produtos da China para outros países com baixo custo na Ásia. Além das questões políticas, a pandemia de Covid-19 expôs os problemas de concentrar a cadeia de suprimentos em apenas um país.
Entre 2020 e 2022, as ações rígidas do governo chinês para a contenção do vírus paralisaram diversas fábricas e operações logísticas. No caso da Apple, isso atrapalhou a produção de vários produtos e atrasou a entrega para os consumidores.
Vale dizer que a China também encerrou a política de Covid-Zero abruptamente em 2022. Isso gerou uma nova onda de infecções e, por consequência, afetou grande parte das atividades econômicas no país.