Diversidade e Inclusão devem ser ensinados a todos, inclusive IAs
Tecmundo
A Era da Inteligência Artificial começou e, com ela, algumas questões que antes ficavam no campo da especulação e ficção, agora estão bem próximas das nossas realidades. Uma questão que tem trazido muita preocupação é sobre a capacidade dessas IAs de tomarem decisões sem - ou com menos - vieses que humanos.
Isto porque mesmo as inteligências artificiais generativas mais robustas , com bilhões de parâmetros, geram suas interações, respostas e conclusões baseadas nos dados que foram utilizados para treiná-las. Um exemplo que ilustra bem essa questão, mas que acende muitos alertas, é o da pesquisadora Joy, do MIT, que não conseguiu utilizar um software de reconhecimento facial, uma vez que o programa não tinha dados de codificação para a estrutura facial e tons de pele negros.
Na prática, ninguém nasce discriminando pessoas com diferentes tons de pele, identidades de gênero ou sotaques. Todos os processo de discriminação são adquiridos ao longo da vida, conforme as pessoas são expostas a situações e contextos que incitam e reforçam esses preconceito s, e o mesmo vale para as Inteligências Artificiais.
Em 2023, praticamente qualquer pessoa pode ter sua voz, suas dores e suas lutas ouvidas, apoiadas e respeitadas. Dessa forma, não é exagero assumir que a democratização do acesso às inteligências artificiais terá um impacto tão ou mais significativo para construir uma sociedade mais inclusiva, pois quanto mais diversas forem as “lições ensinadas” a essas ferramentas, mais elas vão perpetuar este ciclo de inclusão.