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Eleições 2024: qual é o impacto das deepfakes no setor político?
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Eleições 2024: qual é o impacto das deepfakes no setor político?

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Tecmundo
22/02/2024 18h30
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O cenário político enfrenta desafios cada vez mais complexos conforme a inteligência artificial (IA) avança em seu desenvolvimento. Um dos grandes obstáculos que promete influenciar as Eleições 2024, é o uso indevido de deepfake.

O termo se refere a técnica de IA que combina aprendizado de máquina e processamento de imagens para criar vídeos, áudios ou imagens falsificados que aparentam ser autênticos .

Entender não apenas o que são deepfakes e as implicações éticas, sociais e políticas de seu uso é um dos melhores caminhos para você, eleitor, não ser enganado pela desinformação. 

Descubra agora como podemos nos preparar para enfrentar os perigos do deepfake nas Eleições 2024!

A tecnologia do deepfake tem despertado preocupações em todo o mundo devido ao seu potencial para distorcer a verdade e manipular a opinião pública, representando uma ameaça significativa para a integridade do processo democrático.

A importância desse tema é evidenciada por eventos como o South by Southwest (SXSW), um dos maiores festivais de inovação do mundo. O SXSW 2024 reunirá especialistas em IA para debater maneiras de detectar e mitigar os efeitos negativos dos deepfakes na sociedade e nos negócios.

A IA terá focos nos debates do SXSW 2024.A IA terá focos nos debates do SXSW 2024.

No Brasil, especialistas alertam que o uso de deepfake em 2024 pode ser ainda mais recorrente do que nas eleições de 2022, quando Lula e Jair Bolsonaro eram candidatos a presidência.

Aqui estão algumas razões pelas quais o deepfake pode ser considerado uma ameaça específica para as eleições de 2024. Acompanhe:

Deepfakes podem ser usadas para criar vídeos falsos de candidatos políticos dizendo coisas que nunca disseram ou realizando ações comprometedoras. Isso poderia afetar a percepção pública sobre os candidatos e influenciar o resultado da eleição.

Vídeos adulterados podem ser compartilhados nas redes sociais e em outras plataformas de mídia, espalhando notícias falsas e confundindo os eleitores sobre fatos comprovados.

Com o uso generalizado de deepfakes, os eleitores podem ter dificuldade em distinguir entre conteúdo autêntico e falsificado . Isso pode levar a uma atmosfera de desconfiança generalizada em relação à informação, tornando mais fácil para os grupos maliciosos disseminarem ideias polarizadas em massa.

Se os eleitores são expostos a deepfakes que retratam candidatos de forma negativa ou que disseminam informações falsas sobre o processo eleitoral, isso pode minar a confiança nas eleições e na integridade do sistema democrático como um todo.

O uso de deepfakes, independentemente do conteúdo adulterado, pode configurar diversos tipos de crimes, especialmente relacionados à honra, como calúnia, difamação ou injúria.

A criação e divulgação de deepfakes podem resultar em pena de reclusão e multa, dependendo das circunstâncias específicas de cada caso.

No âmbito eleitoral, a disseminação de deepfakes pode ser considerada crime eleitoral. Durante o Ciclo de Audiências sobre as Eleições de 2024, promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entidades ligadas às plataformas de internet e IA discutiram sobre o uso potencial de deepfakes durante o pleito.

A ministra Cármen Lúcia é relatora das minutas que visam alterar as regras das Eleições 2024 no TSE.A ministra Cármen Lúcia é relatora das minutas que visam alterar as regras das Eleições 2024 no TSE.

Como resposta a essas preocupações, estão sendo discutidas mudanças nas normas eleitorais para lidar com a disseminação de deepfakes. Entre as mudanças em análise pelo TSE, destacam-se:

Recentemente, tivemos um dos primeiros casos de deepfake com repercussão na Justiça Eleitoral. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná determinou que a Meta, proprietária do WhatsApp, bloqueasse o compartilhamento de uma gravação que continha declarações mentirosas atribuídas a um pré-candidato à prefeitura de Maringá.

Episódios como esse também foram identificados no Amazonas, Rio Grande do Sul e Sergipe, destacando a urgência de medidas eficazes para combater a disseminação de deepfakes e proteger o processo eleitoral.

Proteger-se dos perigos apresentados pelo uso de deepfakes requer atenção e conhecimento das técnicas utilizadas na criação desses conteúdos manipulados.

De acordo com Bruno Sartori, jornalista especializado em deepfakes, os avanços tecnológicos das inteligências artificiais têm contribuído para aperfeiçoar essas falsificações , tornando-as cada vez mais convincentes e difíceis de detectar.

No entanto, mesmo diante dessa evolução, ainda existem algumas dicas valiosas que podem ajudar na identificação de deepfakes. Conheça:

É crucial ter em mente que, dependendo do contexto em que foram criados e da sofisticação das técnicas utilizadas, essas dicas podem não ser totalmente eficazes. A vigilância constante e o ceticismo são fundamentais para lidar com o desafio apresentado pelos deepfakes e evitar a propagação de informações falsas.

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Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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