Empresa Meta processa dona do Facebook por uso indevido do nome
Tecmundo
Uma empresa especializada em instalações artísticas chamada META (ou Meta.is) divulgou na terça-feira (19) estar processando sua homônima Meta Inc. – controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp – por violação da marca, que já existe desde 2010, “capacitando criadores e pioneiros em experiências imersivas”.
Sediada em Nova York, a META informa em seu site que vem produzindo, há doze anos, “campanhas aclamadas com criadores, produtores e tecnólogos extraordinários em todas as realidades possíveis, incluindo aplicações sociais de RV, RA e RE [realidades virtual, aumentada e estendida], experiências musicais imersivas e IRL [na vida real]”.
De acordo com a postagem, depois que, em 28 de outubro de 2021, “o Facebook apossou-se de nossa marca e nome META, na qual colocamos nosso sangue, suor e lágrimas”, a companhia buscou, durante oito meses, negociar um acordo com a gigante de Menlo Park, mas não teve sucesso.
Fonte: Nokia621/Wikimedia Commons/Reprodução
O que quer a META "real"?
O que a META – que se qualifica como #therealmeta – deseja é afastar da marca qualquer referência ao Facebook e seus escândalos de privacidade. Dessa forma, a empresa de instalações artística quer que a rede social e suas marcas associadas deixem de usar a marca “Meta”.
A empresa menor afirma que é impossível continuar compartilhando esse nome “porque os consumidores provavelmente acreditarão erroneamente que os produtos e serviços da META emanam do Facebook, e que a META está associada à toxicidade que está inextricavelmente ligada ao Facebook”.
Embora seja inquestionável que a Meta.is possui uma marca registrada válida para o nome, pode ser que esse processo judicial do tipo Davi contra Golias (como o qualifica o advogado Nicholas Saady) ainda terá uma longa batalha até o seu desfecho. Isso porque há uma série de marcas que reivindicam o nome "Meta", entre elas um refrigerante alcoólico e uma fabricante de próteses ortopédicas.