Home
Tecnologia
Exoprimal é uma bagunça absurda… e eu adorei cada segundo dela!
Tecnologia

Exoprimal é uma bagunça absurda… e eu adorei cada segundo dela!

publisherLogo
Tecmundo
17/03/2023 19h30
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/15469530/original/open-uri20230317-18-8kbh5i?1679092602
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

Eu nunca entendi o motivo que levou tanta gente a não estar animada com Exoprimal desde o seu anúncio. Quer dizer, pelo amor de Deus, há literalmente uma chuva de dinossauros rolando e você precisa exterminá-los usando armaduras (exotrajes, para ser mais preciso) robóticas gigantes! O que mais podemos pedir da vida?!

Essa premissa absurda é o puro suco dos videogames retrô, e nesse mar de experiências metidas a cinematográficas que atualmente dominam o mercado ocidental, Exoprimal acaba virando também um grato sopro de ar fresco. Então ainda que não seja lá a visão mais popular do mundo, foi com essa mentalidade mais positiva que eu entrei no Beta do jogo, cujo acesso foi gentilmente cedido ao Voxel pela Capcom.

Logo de cara, uma das coisas que mais me chamou atenção foi a polidez geral da experiência. Pelos trailers e material promocional, por alguma razão eu estava esperando algo um pouco mais cru, quem sabe até com problemas de framerate e gráficos menos detalhados. No entanto, a mamãe Capcom nunca decepciona: Exoprimal se move com bastante agilidade e fluidez mesmo quando a tela está lotada de dinossauros — o que acontece com bastante frequência!

Mas como exatamente funciona o jogo? Bom, pode deixar que eu te aviso assim que eu descobrir. Piadas à parte, mesmo depois de cinco ou seis partidas eu ainda não tinha 100% de certeza sobre certos objetivos, mas a boa notícia é que simplesmente mandar dinossauros pelos ares e tentar cooperar com o meu time parecia ser o suficiente para garantir as vitórias, então ótimo!

O que eu sei, no entanto, é que as partidas são estruturadas em duelos de dois times de cinco jogadores cada (ou bots tomando o seu lugar, o que aconteceu em boa parte do tempo de teste). Há três papéis diferentes para você escolher livremente, bem no estilo do que estamos acostumados a ver em MOBAs por aí: dá para jogar como dano, tank ou suporte, e todos os papéis foram divertidos ao longo do teste.

A razão para isso é bem simples: cada armadura robótica é dona de poderes variados e de um visual animal, então dá até gosto experimentar cada um dos “personagens” até encontrar o seu favorito. O meu acabou sendo o maior tank de todos, um robôzão cinza com uma metralhadora gigante. Embora o tank amarelinho com um escudo bem no estilo do Reinhardt de Overwatch também tenha sido legal…

Seja como for, citei “personagens” entre aspas porque embora você passe 99% do tempo vendo o seu avatar mecânico, por baixo deles bate um coração humano que você pode criar e customizar à vontade assim que liga a demo. Não é um criador de personagens particularmente robusto, mas ele tem ferramentas o bastante para que você possa se expressar ao menos um pouco… ou fazer uma espécie de Shanks bombado, que foi exatamente o que eu fiz no meu gameplay do início, como você pode ver no player mais acima.

Pelo que foi possível entender, todas as partidas meio que possuem duas metades: na primeira, os dois times não interagem entre si, apenas apostam corrida em uma série de atividades PvE que vão desde exterminar hordas e escolar objetos através de hordas, até proteger determinadas áreas contra… bom, hordas. Você realmente vai enfrentar muitas hordas. Porque… é um jogo sobre hordas, oras!

Toda vez que o seu time completa uma missão, uma mensagem na tela informa qual das duas equipes está na dianteira da corrida. Chegar primeiro acaba sendo uma vantagem (não essencial, diga-se de passagem) para a parte que realmente importa da partida, quando os dois times finalmente passam a poder se ver, interagir e matar entre si.

Então o clímax de uma rodada de Exoprimal gira ao redor de exterminar dinossauros e coletar itens ao mesmo tempo em que é preciso lidar com a ameaça do time rival. Desnecessário dizer que é muito divertido ter que microgerenciar tantas coisas ao mesmo tempo, analisando se vale mais a pena reviver o seu DPS suicida, dar uma limpada geral na área ou ajudar o tank a derrubar um dinossauro gigante.

Por sinal, eu fiquei positivamente surpreso com a variedade de dinossauros. Basicamente todos os seus favoritos de Jurassic Park estão lá de uma forma ou de outra, desde as escolhas mais óbvias e populares como os velociraptors, triceratops e dilofossauros até algumas escolhas mais incomuns, mas igualmente incríveis, como os estegossauros.

Como as partidas duram em torno de 20 minutos cada, a fórmula não chega a cansar, mas depois dos testes eu fiquei me perguntando se ainda teremos mais atrativos para aumentar o fator replay de alguma forma. Afinal, o mercado de videogames hoje é muito mais complexo do que décadas atrás, e o simples fato de eu ter me divertido bastante com as partida pode, peculiarmente, não ser o bastante no fim das contas, especialmente levando em conta que não se trata de um título free to play.

É bom saber que a Capcom conseguiu acertar em uma das partes mais importantes logo de cara, criando um gameplay divertido, instigante, fluído e viciante. Mas para um jogo do tipo, isso é só metade da equação, e uma conta que um simples teste beta jamais poderia trazer a resposta.

Ainda precisamos levar em consideração variáveis como o tratamento do live game, balanceamento, roadmap e estrutura de atualizações para saber como essa nova IP se sairá aos olhos do público. Só quando tivermos tudo isso em mãos poderemos cravar com mais convicção se Exoprimal será um sucesso digno do seu ótimo gameplay, ou se está fadado à extinção junto aos dinossauros que o inspiram.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também