Explosão com Cybertruck foi planejada com ChatGPT
Tecmundo
O autor do ataque com a Cybertruck cheia de explosivos usou o ChatGPT para planejar o atentado que aconteceu na última quarta-feira (01). O motorista do veículo alugado, Matthew Livelsberger, teria perguntado ao chatbot quantos explosivos precisaria. As informações são da CBS News.
De acordo com o xerife do Departamento de Polícia Metropolitana de Las Vegas, Kevin McMahill, Livelsberger consultou a inteligência artificial da OpenAI para conferir a quantidade de explosivos, onde poderia comprar fogos de artifício e como poderia adquiri-los de forma anônima por telefone.
Segundo o policial, o uso de inteligência artificial generativa simboliza uma "virada de jogo". "Nós sabíamos que IA mudaria o jogo em algum momento ou outro na realidade das nossa vidas", pontuou McMahill. "Esse é o primeiro incidente nos EUA do qual tenho conhecimento que o ChatGPT foi utilizado para ajudar um indivíduo a construir um dispositivo", continuou.
As conversas com o ChatGPT não são secretas, e a OpenAI implementou mecanismos de segurança para evitar que o chatbot entregue instruções para atos ilegais. Neste caso, porém, as travas não foram suficientes.
"O ChatGPT respondeu com informações já disponíveis publicamente na internet e proveu avisos sobre atividades perigosas ou ilegais", disse um porta-voz da OpenAI à CBS News.
A explosão do Tesla Cybertruck aconteceu na manhã de quarta-feira, 1° de janeiro. O veículo foi alugado por Livelsberger por volta das 7h30 no Colorado e estacionado na frente do hotel de Donald Trump. Sete pessoas ficaram feridas.
Explosão foi planejada
Os investigadores do caso afirmam que o sargento foi visto em vídeo espalhando combustível pelo veículo. A causa da detonação ainda é incerta, mas a suspeita é que tenha sido ocasionada pela arma de fogo usada por Livelsberger para se matar.
No celular de Livelsberger, foi encontrado um diário pessoal descrevendo cada uma das atividades do soldado até o momento da explosão, incluindo a compra de armas e o aluguel do carro. O texto também menciona que o ataque aconteceria na passarela de vidro do Grand Canyon, no Arizona, mas não foi descoberto o motivo da mudança de planos.
Atualmente, a perícia ainda precisa buscar informações de um notebook, um celular e um smartwatch.
Possível suicídio
A motivação por trás da explosão ainda não foi confirmada, mas as informações obtidas pelo FBI e Exército apontam que foi suicídio.
Livelsberger não tinha antecedentes criminais, mas possivelmente sofria com transtorno de estresse pós-traumático e outros problemas familiares.