Força e ki: estudo testa energias como a de Star Wars e Dragon Ball
Tecmundo
Duas formas de energia que fluem nos seres vivos e podem ser utilizadas para diversos fins, a Força e o Ki, estão a um passo de deixarem o terreno da ficção de Star Wars e Dragon Ball para se tornarem hipóteses científicas.
Em um estudo publicado no início deste ano, na revista ACS Central Science, cientistas da Universidade de Princeton, nos EUA, investigam como a energia eletrônica se propaga dentro dos microtúbulos.
Essas estruturas intracelulares são partes essenciais do citoesqueleto e têm uma forma de cilindro oca composta por protofilamentos de uma proteína chamada tubulina. Eles desempenham um papel fundamental na chamada teoria da Redução Objetiva Orquestrada (Orch OR), proposta na década de 1990 pelo físico ganhador do Prêmio Nobel, Roger Penrose, e o anestesiologista Stuart Hameroff.
Essa abordagem defende que a consciência é um processo quântico facilitado pelos microtúbulos das células nervosas no cérebro. Os dois cientistas chegaram mesmo a sugerir que a própria consciência trafega pelos microtúbulos em forma de uma onda quântica, da mesma forma que a energia vital ki flui em todos os seres vivos e pode ser aumentada e controlada.
No novo artigo, chamado "Migração de Energia Eletrônica em Microtúbulos", pesquisadores liderados pelo físico e professor de oncologia Jack Tuszynski trabalharam com o modelo computacional de um microtúbulo.
O Ultrainstinto de Goku é a manifestação extrema de seu domínio da energia ki.
A equipe simulou acender uma luz sobre um desses elementos, para conferir se a transferência de energia luminosa na estrutura microtubular permaneceria coerente como ocorre nas células vegetais.
Tentando provar a coerência quântica, os autores simularam a entrega de fluorescência de triptofano (fótons de luz ultravioleta invisíveis ao olho humano), para microtúbulos. Em uma entrevista divulgada no YouTube, Tuszynski garante que, em 22 experimentos independentes, as excitações do triptofano foram capazes de criar reações quânticas de até cinco nanossegundos.
Além de provar que os microtúbulos podem atuar como guias de onda para a migração de energia eletrônica, esses números são milhares de vezes superiores aos esperados para a duração da coerência em microtúbulos, e também mais do que suficientes para o desempenho de funções biológicas.
A teoria Orch OR ainda continua carente de mais pesquisas.
Em entrevista à revista Esquire, Tuszynski afirma que o direcionamento de luz para os microtúbulos e a posterior medição do tempo que eles levaram para emitir luz "é um indicador indireto da estabilidade de certos estados quânticos postulados".
Para ele, isso é fundamental para confirmar a teoria de que esses microtúbulos podem apresentar superposições quânticas que poderiam estar associadas com a mente e a consciência . Embora ainda haja muita pesquisa a ser feita para comprovar a teoria Orch OR, os dados da pesquisa atual foram considerados significativos e promissores.
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