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Galáxia mais 'fraca' do universo é confirmada pelo Telescópio James Webb
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Galáxia mais 'fraca' do universo é confirmada pelo Telescópio James Webb

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Tecmundo
15/08/2023 18h00
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Em um estudo realizado na Universidade da Califórnia (UCLA), nos Estados Unidos, uma equipe de cientistas confirmou a existência da galáxia mais fraca conhecida pela humanidade, nomeada de JD1. Os dados coletados pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) apontam que a galáxia foi observada como era apenas 480 milhões de anos após o início do Big Bang .

A galáxia é uma das mais fracas justamente porque é uma das mais distantes observadas pelos telescópios espaciais, com diferentes características, como névoas de átomos de hidrogênio que surgiram após o Big Bang. A ciência explica que estrelas, galáxias e outros objetos cósmicos que surgiram centenas de milhões de anos após o Big Bang são responsáveis por 'queimar' a névoa de hidrogênio, por isso, ela só é detectada nas regiões mais distantes da Terra.

Os astrônomos costumam classificar o primeiro bilhão de anos do universo como a época da reionização, quando esta névoa estava queimando. Publicado na revista científica Nature, o estudo sugere que os dados podem ajudar em uma melhor compreensão desse período, mas destaca que ainda é necessário observar outros objetos cósmicos da mesma época.

sOriginalmente, a galáxia mais fraca do universo, JD1, foi descoberta pelo Telescópio Espacial Hubble em 2014, contudo, sua distância só foi confirmada pelo James Webb.sOriginalmente, a galáxia mais fraca do universo, JD1, foi descoberta pelo Telescópio Espacial Hubble em 2014, contudo, sua distância só foi confirmada pelo James Webb.

“O universo em que vivemos é transparente, onde a luz das estrelas e das galáxias brilha contra um pano de fundo claro e escuro. Mas nem sempre foi assim — em seus primeiros anos, o universo estava cheio de uma névoa de átomos de hidrogênio que obscurecia a luz das primeiras estrelas e galáxias”, explica um dos autores do estudo e pesquisador de pós-doutorado em Astrofísica na Universidade da Califórnia, Guido Roberts-Borsani, em um artigo publicado no site The Conversation.

Roberts-Borsani explica que telescópios com instrumentos infravermelhos, como do JWST e outros que estão sendo desenvolvidos, são extremamente necessários para a observação das galáxias mais distantes do universo, como JD1. Isso acontece por conta do desvio para o vermelho, pois quanto mais distantes e próximos do início do Big Bang estão os objetos, mais a luz será desviada para o vermelho.

A imagem apresenta as névoas de hidrogênio que surgiram no início do universo.A imagem apresenta as névoas de hidrogênio que surgiram no início do universo.

A partir de dados do espectrógrafo de infravermelho próximo (NIRSpec) do Webb, os cientistas identificaram a distância em relação à Terra, o número de estrelas jovens que se formaram e a quantidade de elementos pesados e poeira cósmica produzida na região. De qualquer forma, os pesquisadores explicam que só conseguiram visualizar a galáxia por conta de lentes gravitacionais causadas pelo aglomerado de galáxias Abell 2744 — as lentes gravitacionais funcionam como uma lupa cósmica, por isso, auxiliaram na ampliação da luz de JD1.

“Isso não significa apenas que nós, como astrônomos, podemos estudar as regiões internas das galáxias iniciais, mas também que podemos começar a determinar se essas galáxias iniciais eram fontes pequenas, compactas e isoladas ou se estavam se fundindo e interagindo com galáxias próximas. Ao estudar essas galáxias, estamos rastreando os blocos de construção que moldaram o universo e deram origem ao nosso lar cósmico”, explica o astrônomo.

Mantenha-se atualizado sobre as últimas descobertas do Telescópio Espacial James Webb aqui no TecMundo e descubra 5 fatos fascinantes sobre a teoria do Big Bang .

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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