Google passa por reorganização e combina equipes de Android e hardware; veja o motivo
Tecmundo
Não é segredo para ninguém que o Google tenta melhorar sua posição na corrida da inteligência artificial (IA) . Para assumir o controle, a big tech começou uma série de reestruturações internas, com destaque para a união das equipes de Android e hardware, chamada Plataformas e Dispositivos.
O anúncio foi feito pelo CEO Sundar Pichai. O novo time será chefiado por Rick Osterloh, que era vice-presidente sênior de dispositivos e serviços. O grupo vai supervisionar todos os produtos Pixel, Android, Chrome, ChromeOS, Fotos e uma série de outras coisas.
"A IA nos dá uma oportunidade incrível de reimaginar plataformas de computação para a próxima década – transformando Android, Chrome, Pesquisa, Fotos e tantos outros produtos para serem mais úteis para pessoas em todos os lugares", escreveu Pichai.
Segundo ele, a equipe unificada vai trabalhar melhor para oferecer produtos e experiências, elevando os ecossistemas Android e Chrome. O Google mantinha as equipes separadas para não privilegiar os próprios produtos ou complicar relacionamentos com outras empresas. Atualmente, são 3 bilhões de dispositivos com o sistema operacional ativos no mundo.
Estado do Google Gemini
Além da reorganização, Sundar Pichai falou do progresso dos modelos Gemini, vistos como líderes e com mais avanços. Ele enxerga as melhorias como responsáveis por colocar o Google no caminho para oferecer a IA mais moderna, segura e responsável do mundo. Para acelerar, o Google DeepMind vai trabalhar nos modelos de pesquisa.
"Isto simplificará o desenvolvimento, concentrando a construção de modelos com uso intensivo de computação em um só lugar e estabelecendo pontos de acesso únicos para PAs que buscam aproveitar esses modelos e construir aplicações generativas de IA", emendou.
O Gemini é o projeto de IA do Google. (Imagem: Getty Images)
O CEO do Google fez ainda uma menção sobre a missão dos trabalhadores. Isso acontece após a prisão de nove funcionários após invadirem o escritório de Thomas Kurian, CEO do Google Cloud. Eles protestavam contra Israel na guerra contra o Hamas. Quase 30 pessoas foram demitidas.
"Este é um negócio, e não um lugar para agir de uma forma que perturbe os colegas de trabalho ou os faça sentir-se inseguros, para tentar usar a empresa como uma plataforma pessoal, ou para lutar por questões perturbadoras ou debater política. Este é um momento muito importante como empresa para nos distrairmos", concluiu.