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Google quis bloquear novas funções de IA no Safari; entenda
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Google quis bloquear novas funções de IA no Safari; entenda

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Tecmundo
05/07/2024 19h50
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16284294/original/open-uri20240705-18-1rqaeqa?1720209838
©GettyImages
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O Google cogitou impedir que usuários de iPhone utilizassem ferramentas com inteligência artificial no Safari, revelou um documento publicado em uma investigação nos Estados Unidos. A empresa considerou restringir as funções com IA para aumentar a adesão do Chrome no iOS. As informações são do site The Information.

O documento mostra que, em 2024, o Google contratou Robby Stein, ex-funcionário do Instagram e do Yahoo, para supervisionar as estratégias de popularização do Chrome no iOS. Uma das ideias propostas pelos executivos da Gigante das Buscas era tirar o AI Overview — ferramenta com IA que sugeriu colocar cola branca em pizzas — do Safari, impedindo que usuários do navegador aproveitassem a novidade.

Dessa forma, a empresa aproveitaria a ausência do recurso para promover o próprio navegador, assim fortalecendo a presença do Chrome dentro do ecossistema da Apple. Segundo o Google, é um desafio muito grande convencer donos de iPhone a usar qualquer outro navegador que não o Safari, instalado nativamente no celular.

De acordo com o documento, a ideia de restringir o acesso ao AI Overview foi rejeitada pelo comando da empresa. Por isso, atualmente o AI Overview continua acessível a partir do Safari (nas regiões em que a função está disponível).

Relação tensa

O Google e a Apple mantém uma relação delicada no mercado de navegadores. Todo ano, o Google renova um acordo bilionário para manter o próprio buscador como alternativa padrão no Safari .

Essa parceria é bastante antiga, porém. O Google é o mecanismo de busca padrão de dispositivos da Apple desde 2002.

Porém, o Google quer que as buscas passem a acontecer em aplicativos próprios — isto é: o app Google ou o Chrome. Para isso, a empresa trabalha há anos para atrair mais usuários.

Nos últimos cinco anos, o Google conseguiu aumentar a quantidade de buscas em próprios apps de 25% para 30%. Até 2030, a empresa espera elevar o número em 50%, disseram funcionários envolvidos na iniciativa.

Contudo, essa colaboração entre as gigantes chamou a atenção de autoridades dos Estados Unidos: o Departamento de Justiça do país avalia se o pagamento do Google acaba minando a concorrência, impedindo o crescimento de concorrentes.

A decisão gerada a partir das investigações não foi publicada ainda, mas deve ser divulgada nos próximos meses.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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