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Grande cratera do Polo Sul da Lua é muito maior que pensávamos, diz estudo
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Grande cratera do Polo Sul da Lua é muito maior que pensávamos, diz estudo

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Tecmundo
09/12/2024 17h30
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Não visível da Terra, porque fica do lado oposto (escuro) da Lua, a impressionante cratera conhecida como Bacia do Polo Sul-Aitken é considerada uma das maiores e mais antigas estruturas de impacto conhecidas da nossa região planetária. Com cerca de quatro bilhões de anos , ela representa uma importante fonte de pesquisas sobre a história inicial do Sistema Solar.

Alguns fatores, como a idade avançada, o seu tamanho enorme (cerca de 1,5 mil km de diâmetro) e a erosão por impactos subsequentes, dificultam o estudo da cratera. Mapeada por sondas espaciais, o entendimento dos pesquisadores é de que a cratera tinha um formato oval ou elíptico.

Mas uma pesquisa publicada recentemente na revista Earth and Planetary Science Letters propõe que a imensa depressão geológica possa não ter se formado da maneira que pensávamos, e pode ser bem maior do que os estudos têm sugerido até agora. As consequências podem ser relevantes para as futuras missões lunares ao local .

Impacto de asteroide teve impacto redondo na Lua

Na pesquisa atual, os autores trabalharam com dados do Lunar Reconnaissance Orbiter da NASA com foco em uma abordagem inédita para analisar especificamente a Bacia do Polo Sul-Aitken. Assim, analisaram 200 formações montanhosas que acreditam ter sido remanescentes do impacto original. 

A distribuição e as formas dessas características semelhantes a montanhas sugeriu um impacto circular, dispersando materiais formadores de planetas pela superfície lunar.

Segundo o primeiro autor do artigo, Hannes Bernhardt, geólogo da Universidade de Maryland (UMD), nos EUA, o formato circular é indicativo de um impacto vertical , como uma pedra que cai no chão. Nesse caso, os detritos estão mais uniformemente distribuídos, permitindo análises diretas a materiais até então considerados inacessíveis, por astronautas e robôs da Ártemis.

Aplicações da pesquisa em missões lunares

Concepção artística da estação espacial lunar Gateway. (Fonte: NASA)
Concepção artística da futura estação espacial lunar Gateway. (Fonte: NASA)

Rochas lunares podem revelar detalhes críticos sobre a composição química lunar, e validar teorias de sua origem. A hipótese sugere que a Lua foi criada após uma colisão massiva entre a Terra e um objeto do tamanho de um planeta. Recentemente, o rover Chandrayaan 3 da Índia encontrou minerais próximos ao Polo Sul, reforçando a teoria da equipe da UMD sobre um impacto mais vertical, formando uma bacia circular.

Para Bernhardt, a pesquisa oferece informações essenciais para futuras missões lunares , orientando, exploradores sobre áreas promissoras. Uma camada espessa com materiais da crosta inferior e do manto superior pode proporcionar insights sem precedentes sobre a história geológica lunar.

Destacando a importância dessas informações para “missões para a Lua e além”, o geocientista conclui: “Astronautas explorando o Polo Sul lunar podem ter acesso mais fácil a materiais lunares antigos que podem nos ajudar a entender como a Lua e nosso Sistema Solar surgiram”.

Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais estudos como esse aqui no TecMundo e aproveite para descobrir, qual é a duração dos dias na Lua .

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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