Jogos do PS5 podem ser pirateados? Veja se o console roda games ilegais
Tecmundo
Pouco antes de completar apenas dois anos no mercado, o PlayStation 5 levou sua primeira pancada: em outubro de 2022, um grupo de desenvolvedores conseguiu hackear o sistema do console, levando ao famoso jailbreak. Ou seja, piratear jogos no PS5 se tornou uma possibilidade muito mais rápido do que se imaginava.
Com suas defesas contra a pirataria quebradas, a Sony recorreu a atualizações de sistema visando bloquear os códigos dos hackers, buscando impedir que a pirataria rolasse solta no console.
Hoje, pouco mais de um ano depois, o cenário da pirataria no Playstation não apenas segue ativo, como chegou a um novo patamar. No entanto, é importante ressaltar: mesmo com avanços na pirataria, o PS5 está longe de ser facilmente violado como acontecia na época do PS2 ou Xbox 360.
Pirataria no PS5
O brasileiro sabe o quão caro é manter um hobby como os videogames, principalmente quando se trata de consoles. Não apenas o hardware costuma ser bastante caro, como os jogos também têm preços bastante elevados. Não é à toa que o PS2 foi o queridinho de toda uma geração de brazucas: a facilidade com que o console era desbloqueado e a alta disponibilidade de discos pirateados vendidos em toda feirinha e barracas de camelôs facilitou e muito o acesso aos games na era do Play 2.
Para a infelicidade da Sony, nem todos os piratas são amigos como Luffy e sua turma.
Na verdade, a ascensão dos videogames como hobby do brasileiro é muito interligada à pirataria, já que comprar um console desbloqueado e seguir comprando jogos originais não era algo que a maioria da população do país conseguia dar conta. Com tanta gente consumindo os games pirateados no PlayStation 2, quando seu sucessor saiu boa parte da clientela já estava fidelizada e optou imediatamente pelo novo hardware da Sony em vez do console da rival, a Microsoft e seu Xbox 360 — que posteriormente também ganhou força por causa da pirataria.
O tempo passou, muita gente desistiu da pirataria, seja por ter começado a trabalhar e ter sua própria renda ou por conseguir comprar jogos usados (ou até mesmo novos) a preços mais justos. Mas a situação começou a mudar quando os jogos passaram a custar cada vez mais caro, chegando ao absurdo de algumas edições "completas" custarem por aqui cerca de R$ 500.
Jogos estão cada vez mais caros no lançamento, principalmente em versões mais "completas".
Lá fora, nos Estados Unidos, por exemplo, quando o preço dos jogos subiu para U$ 60 e, em seguida, surgiu a possibilidade de fixarem nos U$ 70, os gamers estadunidenses obviamente chiaram. E com razão: é complicado continuar comprando jogos quando eles consomem uma fatia cada vez maior da sua renda mensal. Foi então que entraram em cena alguns devs que começaram a fuçar o sistema do PS5 em busca de aberturas que possibilitassem quebrar suas barreiras, levando ao jailbreak pouco mais de um ano atrás.
Com o código de segurança burlado, a possibilidade de rodar jogos piratas no PlayStation 5 se tornava uma realidade cada vez mais próxima. Mas, afinal, é possível piratear jogos do PS5 ou a possibilidade ainda é conceitual?
A luta da Sony contra a pirataria
Como dissemos anteriormente, uma das formas mais eficazes de inibir e bloquear a pirataria em um console é manter um fluxo de atualizações de sistema constante. Novos patches do PS5 traziam não apenas melhorias de estabilidade, novos recursos ou coisas do gênero, mas também atualizações de segurança. A ideia era reforçar cada vez mais as barreiras do console contra os hackers, dificultando cada vez mais o desbloqueio do sistema.
Atualizações de software frequentes são uma das ferramentas mais utilizadas no combate à pirataria.
Assim, um usuário com console desbloqueado poderia perder o desbloqueio ao atualizar o firmware do PlayStation 5 para obter as novidades oferecidas pelo novo update. E aqueles que ainda não tivessem desbloqueados seus sistemas pensariam duas vezes antes de fazê-lo — afinal, fica sempre aquele medo de após uma atualização o console ser bloqueado, perder acesso à PSN, deixar de rodar jogos originais e por aí vai. Ninguém quer ter um peso de papel de quase R$ 4 mil em casa, né?
Porém, mesmo estas medidas da Sony não impediram os hackers de continuarem tentando "libertar" o console do sistema de segurança da fabricante japonesa. Na verdade, assim como ocorre com sistemas bancários, a constante evolução da segurança também acaba servindo como motivação para os desenvolvedores.
PlayStation 5 já roda jogos pirata em 2024?
Por mais que a Sony tenha lutado para impedir que este dia chegasse, o inevitável aconteceu: hoje já existe uma forma de rodar jogos pirateados PS5. Os títulos pirata ou "back-ups" de seus jogos já funcionam no console graças a um tipo de utilitário que chegou ao console há pouco tempo, mas que já é um velho conhecido dos gamers: os famosos homebrews, modificações de software feitas por usuários.
Funcionando em consoles com versões de software entre o 3.00 e o 4.51, o novo homebrew já permite rodar uma seleta lista de jogos do PlayStation 5. É isso mesmo: já dá para rodar jogos piratas PS5. Embora a lista ainda não seja extensa, diversos títulos tanto do PS4 quanto do PS5 já são jogáveis por meios "não-oficiais" no console da Sony.
Homebrew já permite rodar jogos piratas no PS5.
Isto quer dizer que o PS5 será o PS2 desta geração? Veremos a ascensão do console da Sony, com a base de jogadores crescendo cada vez mais graças aos jogos piratas? Não necessariamente. Embora o fenômeno da pirataria tenha ajudado a fortalecer a marca PlayStation no Brasil e em diversos outros países do mundo na era do PlayStation 2, dificilmente algo semelhante deva acontecer com o PlayStation 5.
Hoje a Sony tem mais ferramentas à sua disposição para impedir que a pirataria siga desenfreada, podendo punir tanto aos que aderem ao desbloqueio quanto aos responsáveis por desbloquear o console com muito mais facilidade do que no começo dos anos 2000. Além disso, as frequentes atualizações de sistema dificultam bastante a vida da galera disposta a desbloquear as defesas do PS5, então é improvável que vejamos o PlayStation 5 seguindo um trajeto semelhante ao do PS2 duas décadas atrás.
Enquanto a pirataria é possível, o processo não é simples.
Ou seja, se você está pensando em comprar um PS5 para rodar jogos piratas, é melhor tirar o cavalinho da chuva. Enquanto a possibilidade existe, manter o console funcionando ilegalmente é complicado e a lista de jogos "crackeados" é limitada. Além disso, todo o procedimento pode colocar em risco o produto e sua conta na PlayStation Network.
Para quem prefere uma abordagem mais tradicional e sem muitos gastos, a dica é evitar comprar jogos no lançamento e ficar de olho nas promoções. A PS Store conta com descontos semanalmente em sua loja, o que permite garantir games com ótimos preços, se você garimpar bem e tiver paciência.
Além disso, a assinatura PlayStation Plus pode ser uma boa alternativa para jogar bastante sem gastar tanto dinheiro. O serviço ocasionalmente entra em promoção, o que permite garantir a PS Plus Extra e seu vasto catálogo de jogos com um preço mais atraente.
E aí, o que achou do cenário de desbloqueio e pirataria no PS5 atualmente? Deixe sua opinião nas redes sociais do Voxel!