Meta e Amazon encerram programas de diversidade e inclusão nos EUA
Tecmundo
Ao menos duas gigantes da tecnologia decidiram recentemente encerrar programas internos de diversidade e inclusão no ambiente corporativo, ao menos nos Estados Unidos. A Amazon e a Meta, dona de redes como Facebook, WhatsApp e Instagram, são os nomes confirmados até o momento.
No caso da Amazon , um memorando enviado para os funcionários em dezembro de 2024 confirmou que "programas e materiais datados" seriam descontinuados a partir do novo ano. Os processos incluem programas de representação e inclusão, segundo a Bloomberg, mas a empresa não confirmou oficialmente quais projetos foram tirados do planejamento.
Dentro da empresa, grupos formados por funcionários de minorias e grupos socialmente marginalizados ou vítimas de preconceito seguirão operando — incluindo organizações para pessoas negras, mulheres e veteranos de guerra, entre outras categorias.
A Meta foi ainda mais direta na ação. A própria companhia confirmou o fim imediato em janeiro de 2025 de uma série de atividades de contratação, representatividade e diversidade na empresa. Até mesmo cursos sobre o tema deixarão de ser ministrados para os funcionários.
"Em vez de programas de treinamento de inclusão e igualdade, vamos construir programas que foquem em como aplicar práticas justas e consistentes que atenuem o viés para todos, não importa a origem", diz a nota. Além disso, a Meta ainda extinguiu a equipe responsável pelo setor de inclusão.
Por que as empresas estão cortando programas de inclusão?
Apesar de não serem confirmadas pelas empresas, as práticas de redução nas políticas de diversidade e inclusão em companhias dos Estados Unidos envolve o fortalecimento de uma relação com Donald Trump , que assume a presidência dos Estados Unidos em breve.
Uma das principais críticas recentes da ala mais conservadora do país envolve as políticas de diversidade, igualdade e inclusão (DEI, na sigla original em inglês) que, segundo eles, estariam prejudicando a economia. Até mesmo boatos falsos sobre esse setor ter prejudicado o combate aos incêndios em Los Angeles foram espalhados, inclusive por Elon Musk e o próprio Trump .
Até mesmo a Suprema Corte dos EUA decidiu em 2023 que ações afirmativas em universidades são ilegais, o que poderia motivar processos parecidos envolvendo empresas.
A própria Meta afirma no comunicado sobre o tema que "o termo DEI ficou carregado, em parte por ser compreendido por alguns como uma prática que sugere o tratamento diferenciado de alguns grupos perante outros".
Ainda na aproximação com Trump, a empresa de Zuckerberg também encerrou o programa de checagem de fatos e flexibilizou punições a usuários por publicações ofensivas sobre certos grupos, incluindo representantes LGBTQIA+ .