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Nova ferramenta de IA consegue detectar e classificar mil supernovas
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Nova ferramenta de IA consegue detectar e classificar mil supernovas

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Tecmundo
16/10/2023 16h30
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Astrônomos do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos EUA, conseguiram classificar 1 mil supernovas utilizando um novo algoritmo de aprendizado de máquina , que realizou o trabalho e forma totalmente autônoma. Fruto da parceria Zwicky Transient Facility (ZTF), a ferramenta de inteligência artificial usa bots para observar, identificar e comunicar descobertas automaticamente.

De acordo com o criador do algoritmo, Christoffer Fremling, a primeira supernova foi classificada de forma autônoma em abril de 2021 pelo chamado SNIascore. “Um ano e meio depois, estamos a atingir um marco significativo de 1 mil supernovas", comemora o astrônomo do Caltech.

Desenvolvida por uma equipe internacional de cientistas liderada pela Universidade Northwestern, a Bright Transient Survey Bot (BTSbot) é uma abordagem revolucionária no campo da astronomia. O sistema automatizado inclui também o acionamento de telescópios robóticos que exploram o céu noturno em busca de supernovas desconhecidas. Além de substituir o trabalho "braçal", o sistema elimina possíveis erros humanos.

O instrumento de pesquisa do céu ZTF inicia o seu trabalho todas as noites, pesquisando os chamados eventos transitórios, alterações astronômicas que vão de simples deslocamentos de asteroides a gigantescos buracos negros em seu "banquete" de estrelas e objetos massivos se colapsando em supernovas. 

A tarefa consiste em enviar centenas de milhares de avisos para outros astrônomos do mundo, alertando-os sobre os eventos transitórios detectados. Esses cientistas empregam então os seus próprios telescópios para obter mais detalhes de todos esses objetos em transformação. Foi essa rotina que levou à descoberta de milhares de supernovas.  

Como seria humanamente impossível que os membros da equipe da ZTF conseguissem classificar a enxurrada de dados enviada pelo instrumento, eles criaram o SNIascore, para a tarefa específica de classificar candidatas a supernovas, que se dividem em duas classes. Nas do Tipo I estão as sem hidrogênio em que uma companheira suga matéria para uma estrela anã branca, e as do Tipo II são estrela que entram em colapso sob sua própria gravidade. 

As observações feitas pelo ZTF são depois filtradas pelo SNIascore.As observações feitas pelo ZTF são depois filtradas pelo SNIascore.

No dia a dia do Observatório Palomar, o SNIascore classifica as supernovas do Tipo Ia, chamadas de “velas padrão” por terem sua luminosidade conhecida no céu. São estrelas moribundas que passaram por uma explosão termonuclear. No entanto, a equipe de Fremling já trabalha em uma atualização do algoritmo , que promete incluir a classificação de outras supernovas em breve. 

Atualmente, todos os flashes de candidatas a supernovas capturados pelo ZTF têm seus dados enviados para a Máquina de Distribuição de Energia Espectral (SEDM), um espectrógrafo alojado em uma cúpula próxima. A partir daí, SNIascore e SEDM trabalham juntos para classificar quais supernovas podem ser do Tipo I.  A noção tradicional de um astrônomo sentado no observatório pode estar ficando para trás, dizem os cientistas.

Mantenha-se atualizado sobre tecnologia e ciência aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para saber mais sobre o que aconteceu com uma estrela desaparecida .

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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