O papel da tecnologia na evolução dos sepultamentos ao longo dos séculos
Tecmundo
Já escolheu como quer descansar no além-vida? Atualmente diversos métodos e tecnologias são aplicados nos serviços funerários. Entre as técnicas mais comuns estão o sepultamento tradicional, onde o indivíduo é enterrado diretamente na terra, ou então, por cremação, método em que o corpo é completamente incinerado.
No entanto, existem outras formas mais peculiares que remontam períodos antigos da humanidade, e aspectos culturais e religiosos. Saiba mais sobre a cultura e os métodos de sepultamento .
A escolha da forma como seus mortos serão enterrados não é apenas uma escolha prática, envolve também envolve crenças e cultura.
A forma como lidamos com a morte dos nossos entes queridos está muito ligada à cultura e a religião a que cada grupo familiar foi criado e professa. Onde não há uma religião presente, ainda assim, as crenças e a espiritualidade podem reger os passos para o descanso final de quem partiu.
Em alguns países, como na Indonésia, os mortos são "trazidos" de volta ao seio familiar em uma cerimônia anual conhecida como MaiNene . Nesse rito em Toraja, os corpos são exumados, limpos, suas vestes são trocadas e permanecem o dia com seus familiares, até retornarem ao seu descanso.
No México, o dia de todos os santos também é visto como uma oportunidade de ser visitado por quem já partiu.
Já México, o Día de Los Muertos é uma comemoração tradicional, onde as pessoas comemoram a memória de seus amados. A celebração foi retratada na animação da DisneyPixar , Viva – A Vida é uma Festa.
A morte tem em si, diferentes formar de ser interpretada e encarada ao longo do tempo. Ligado a isso, as crenças sobre o além vida, também interferem na escolha do nosso lugar de descanso final. Conheça algumas técnicas de sepultamento.
Quando falamos em embalsamento, as múmias egípcias podem vir ao seu pensamento. Os egípcios acreditavam que a alma votava ao corpo em uma próxima vida, desde que fosse capaz de reconhecê-lo. Por isso, eles se tornaram mestres na arte da preservação dos corpos.
O processo de preparo dos corpos levava em torno de 70 dias para ser completado. Não apenas pessoas, os egípcios também embalsamavam os animais de estimação do falecido.
Com amplo conhecimento em anatomia e no preparo de compostos para conservação, os egípcios sempre serão referência nessa arte.
A técnica incorria na retirada de todos os órgãos, exceto o coração. O corpo passava por um processo de desidratação e depois era banhando em natrão e enfaixado. Não era incomum que toda família e serviçais fossem sacrificados para fazer companhia ao patriarca no além vida.
Atualmente os procedimento de embasamento só ocorrem em condições especiais, como para transporte para outros países e é realizado apenas com substâncias químicas injetadas no indivíduo.
Em contraponto ao desfecho mais utilizado, no enterro comum, a cremação foi credita por muito tempo como uma prática mais sustentável. O corpo passa por um processo de queima em fornos que atingem temperaturas de 1.300 a 1.500 graus celsius.
As cinzas ainda são processadas em uma espécie de moedor para se ter certeza de que não restam pedaços grandes.
O cádaver permanece nesses fornos por períodos de 2 a 5 horas, até que se torne em cinzas. Apesar do baixo risco de contaminação do solo, essa modalidade acaba aumentando a pegada de carbono, não sendo considerada mais tão sustentável como se acreditava.
Em países como a Índia, o processo de cremação ocorre nas margens do Rio Ganges. Os restos mortais são jogados no rio após o processo.
A compostagem humana é uma vertente nascida nos Estados Unidos. Apenas alguns estados permitem a prática. Nessa modalidade, o corpo é colocado em um container preparado com terra, e espécies de fungos capazes de acelerar a degradação do corpo.
Após o período de decomposição, os familiares recebem a material que se transformou em adubo e podem plantar árvores, ou utilizar para outros fins de cultivo.
É considerada uma prática sustentável por não deixar uma pegada de carbono e pelo corpo não entrar em contato direto com o solo.
Desde tempos imemoriais, houve a necessidade de lidar com a morte e os resultados dessa. O desfecho mais comum é o sepultamento diretamente na terra. Há estudiosos que dizem que os primeiros hominídeos mantinham seus mortos dentro das cavernas , a fim de afastar o cheiro, animais e a visão indesejável.
Os cemitérios podem ser um risco biológico quando mal preservados.
Mas não apenas jogados, os corpos sempre foram dispostos de formas aparentemente ritualísticas, simbolizando a passagem.
Seja como for, sempre buscamos eternizar nossos entes queridos, demonstrando respeito na forma como escolhemos para que passem seu descanso eterno.
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