O que a tecnologia não substitui

Tecmundo






"A tecnologia não deve substituir o trabalho humano, mas sim o trabalho desumano", em palavras não exatamente como essas há alguns bons anos, ouvi pela primeira vez em uma aula de revolução tecnológica com Gil Giardelli a polêmica visão sobre o papel da tecnologia no trabalho e o debate sobre máquinas tomarem o lugar de pessoas nesses espaços.
Trabalhamos incansavelmente no avanço tecnológico para otimizar nossos trabalhos, aumentar a eficiência e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Com o avanço da tecnologia, passamos a resolver tudo em um piscar de olhos.
Da assinatura de um contrato à elaboração de documentos complexos, criamos textos, mensagens e imagens a partir de inteligência artificial, temos acesso quase que ilimitado à informação, a educação à distância já é uma realidade.
Reforçamos a segurança onde precisa, passamos a resolver nossas viagens online e apenas chegamos para embarcar, fazemos consultas à distância, sem perder a qualidade no atendimento. A tecnologia também ajuda a promover o uso de energia renovável, reciclagem de materiais e tantas outras práticas que nos levam a uma existência mais sustentável.
Aqui falamos da capacidade de tomar decisões em um cenário onde deve ser ponderado o entendimento moral e ético, contexto social, relações envolvidas, riscos e incertezas, além dos dados e fatos postos. A decisões complexas normalmente têm contexto amplo e muita subjetividade envolvida, difícil de ser programado com toda a objetividade de uma máquina.
De novo falamos de emoções, sentimentos e intuição. Apesar da tecnologia facilitar conexões entre pessoas no sentido da comunicação, por exemplo, ela não pode substituir a conexão emocional humana, a comunicação não verbal e as experiências vividas entre pessoas que geram laços e fortalecem relações. A empatia, que falamos lá em cima, é habilidade essencial na criação de laços emocionais.
Embora a tecnologia possa ser uma ferramenta valiosa e essencial nos dias de hoje, desejo que sigamos um caminho de evolução responsável e de desenvolvimento, que tenhamos cuidado com aquilo que nos torna humanos. É inegável que as ferramentas tecnológicas nos auxiliam nas tarefas diárias, porém, a tomada de decisão, a capacidade humana emocional, o pensamento crítico, a criatividade e a empatia não podem ser replicados por máquinas.


