O que é melasma e como evitar o surgimento das manchas?
Tecmundo
*Este texto foi escrito com base em informações de agências e autoridades sanitárias, hospitais e especialistas em saúde. Se você ou alguém que você conhece possui algum dos sintomas descritos aqui, nossa sugestão é que um médico seja procurado o quanto antes.
O melasma é uma condição de pele que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, causando manchas acastanhadas, escuras e cinza-azuladas na pele . O problema pode acontecer em diferentes pessoas, mas é mais comum em mulheres, e o surgimento está relacionado a diferentes causas.
Segundo informações da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), no Brasil, o número de casos de melasma em mulheres é cerca de 35% maior que em homens. Como um dos fatores que causa o melasma é a exposição em excesso ao sol, os dermatologistas recomendam que as pessoas aumentem o cuidado com a pele durante o verão — a estação começa no dia 21 de dezembro e vai até 20 de março de 2023.
O tratamento ou procedimento inadequado pode agravar as manchas de pessoas com melasma.
O melasma, também conhecido como cloasma, é uma doença comum que costuma afetar, principalmente, as áreas do rosto, como bochechas, testa, nariz e lábio superior — em alguns casos, a doença também pode afetar o pescoço, os braços, as costas, entre outras áreas expostas ao sol. As manchas têm formatos irregulares, mas geralmente são iguais nos dois lados.
Segundo a SBD, não existe uma causa definida para o surgimento do melasma, mas um dos maiores fatores é a exposição solar em excesso. Contudo, a condição também está relacionada à diferentes fatores hormonais, predisposição genética, à gravidez e ao uso de anticoncepcionais femininos.
Indivíduos com pele mais clara têm menos propensão de sofrer com o melasma, já as pessoas com pele morena, e que costumam se bronzear, produzem mais melanina e têm mais chance de desenvolver a condição. Justamente por conta do sol, a ocorrência do melasma e da piora das manchas pode aumentar no verão.
O uso do filtro solar é um dos fatores mais importantes para reduzir as chances do surgimento das manchas.
“A exposição à luz ultravioleta estimula o aparecimento das manchas, mesmo que não tenha sido exposto à região afetada pela doença, como, por exemplo, o rosto. A exposição ao sol leva o estímulo de dois hormônios que são o MSH e o ACTH, que agem no melanócito, que é a célula que produz cor e produz mais pigmento, piorando o melasma”, disse a dermatologista Fátima Tubini em entrevista ao Estado de Minas.
Apesar de muitas pessoas se confundirem, o melasma não é um tipo de câncer , nem se trata de um problema que se transformará em câncer. Contudo, é muito importante destacar que alguns tipos de câncer podem ser confundidos com o melasma, por isso, é sempre importante consultar um dermatologista ou médico especialista para buscar um diagnóstico correto.
Também é importante pontuar que o verão é a época mais comum para o surgimento do câncer de pele, por conta da exposição solar em excesso. Ou seja, é uma época em que as pessoas devem redobrar a atenção aos cuidados da pele para se proteger contra os raios ultravioletas do Sol.
Conforme a indicação da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a maior prevenção para o melasma é a proteção contra a luz ultravioleta do Sol. Ou seja, o uso do filtro solar é importante mesmo em dias nublados e chuvosos — filtros com proteção ultravioleta A (UVA) e ultravioleta B (UVB) são os mais indicados.
Cremes à base de hidroquinona, ácido glicólico, ácido retinóico e ácido azeláico costumam ajudar na remoção das manchas.
Contudo, as pessoas que já possuem as manchas devem associar o uso do protetor comum ao filtro físico, capaz de proteger contra a luz visível. O uso de óculos escuros, bonés, guarda-sol e chapéus pode ajudar durante a proteção do dia a dia, principalmente, em casos de quem já tem melasma, já que a região deve evitar exposição ao Sol.
Às pessoas diagnosticadas com melasma, os médicos podem prescrever o uso de medicamentos tópicos e até alguns tipos de procedimentos para o clareamento, como peeling e aplicações de luz ou laser. Apesar de clarear, estabilizar e ajudar a impedir que o pigmento volte, não existe cura para o melasma.
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