One Piece: vale a pena começar a ver o anime em 2023?
Tecmundo
O anime One Piece fica mais popular a cada ano que passa, com uma legião crescente de fãs ansiosos por novos episódios do Luffy e seu Bando do Chapéu de Palha! Ainda assim, entre tantas grandes séries, pode ser complicado encontrar o tempo e disposição necessários para assistir a um anime com mais de 1000 episódios.
Assim, preparamos esse texto a fim de te ajudar a montar a sua grade de séries ! O objetivo é dar o empurrãozinho que faltava para começar a assistir essa aclamada adaptação dos mangás escritos e ilustrados por Eiichiro Oda ou, quem sabe, desmotivar de vez essa empreitada fornecendo argumentos para os dois lados.
Descubra, a seguir, se vale a pena começar a ver o anime One Piece em 2023!
Produzido pela Toei Animation, o anime de One Piece estreou no canal japonês Fuji TV em 1999 e continua recebendo novos episódios até hoje, sem qualquer previsão de acabar. Muito pelo contrário: é extremamente provável que ele siga no ar com novos episódios por anos a fio, já que o mangá também ainda não terminou — ainda que o seu autor tenha prometido que ele está finalmente caminhando para a saga final.
Assim, se você quiser começar a ver One Piece ainda este ano, saiba que há tempo de sobra para se atualizar com os seus episódios mesmo que você não faça uma maratona. Sem pular nada, do primeiro episódio até o mais atual, você precisaria ver quase 400 horas de televisão para se atualizar, embora existam alguns jeitinhos, como explicaremos mais adiante.
Se você clicou nesse texto, provavelmente está em busca de bons motivos para assistir, então vamos começar por aí. Naturalmente, One Piece é um anime do gênero shounen, ou seja, um produto pensado principalmente para a demografia dos jovens meninos (shounen significa, afinal, "jovem garoto" em japonês). São aquelas obras que costumam ser mais focadas em lutinhas e aventuras.
Ainda que certamente One Piece não decepcione em nada no quesito batalhas, você acaba sendo melhor servido em coreografias, magias e porradaria pura em outros grandes expoentes do gênero, como Dragon Ball e Naruto. Aqui, a obra empolga nas suas batalhas por um motivo totalmente diferente, que é a construção de mundo feita com excelência pelo Oda, o que aumenta exponencialmente a carga dramática dos eventos!
Se você acha que Game of Thrones possui um universo coeso e bem construído, espere só até ver One Piece. Nada acontece por acaso, tudo tem alguma razão de ser, e o autor parece não esquecer de nada! Um personagem potencialmente desinteressante pode dar as caras no episódio 100, receber mais desenvolvimento apenas no 500, e ter um clímax emocional lá pelo 1000!
Pergunte a um fã de One Piece quais são as cenas mais emocionantes do anime e você provavelmente ouvirá dezenas de respostas diferentes, todas corretas. Inclusive, vale a pena preparar alguns lenços, já que a obra tem muitas soluções criativas e de forte pegada emocional para abalar até corações de pedra!
Ainda que o destaque principal da trama fique com a construção do mundo e desenvolvimento dos personagens, outro elemento que Oda faz questão de inserir como ponto-chave é a política. Dificilmente você encontrará uma obra focada nessa demografia jovem mais progressista e disposta a discutir questões como autoritarismo, desigualdade social, construção de gênero e racismo sistêmico. Muita gente tenta fazer vista grossa para esses temas, mas eles estão lá para quem quiser absorvê-los.
Se você navega bastante pelas redes, já deve ter visto alguém brincando que os fãs de One Piece tentam vender a série argumentando que "a história fica boa depois de 100 episódios". Naturalmente, isso é bem hiperbólico e, mais do que isso, um tanto mentiroso. De fato, alguns dos melhores momentos da trama estão em pontos mais adiantados, mas não é como se o começo fosse intragável.
Pela primeira meia dúzia de episódios, o anime pode até flertar com a mediocridade, mas a maioria das pessoas que assistem a primeira saga completa, East Blue (episódios 1 a 53) costumam se encantar e até mesmo emocionar já no final do arco Baratie (19 a 30) ou, mais tardar, inevitavelmente em Arlong Park (31 a 44), um bom marco divisor!
Se você assistir até o final de Arlong Park e não sentir nada demais, provavelmente é uma boa ideia largar a série por ali mesmo e parar de insistir. Afinal, ainda que realmente existam sagas melhores depois, esse núcleo resume bem algumas das maiores virtudes de One Piece. Dito isso, há outro elefante que precisamos tirar da sala, os inevitáveis fillers.
Eles são mais comuns em animes do que em outras mídias porque os estúdios precisam ganhar tempo até que o autor do mangá escreva mais capítulos para a história principal, pois servem de base para a adaptação. Na série da Toei, eles são relativamente frequentes e de qualidade inconstante.
Para contornar esse "problema", a comunidade idealizou o projeto One Pace , um guia de episódios sem fillers. O objetivo, além de poupar tempo, é aproximar o anime do ritmo mais acelerado do mangá, cortando a gordura e mantendo só o que mais importa. Pode ser uma boa ideia para os impacientes!
Por fim, se você deixa de assistir intimidado com a quantidade de episódios, que tal pensar assim? O que é melhor: uma série muito boa e longa que sempre te dá um gostinho de quero mais, ou empurrar uma série de qualidade mediana só porque ela é mais curta? Se você tem interesse nos temas e proposta de One Piece, assista no seu próprio ritmo e seja feliz!