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Placas tectônicas do Pacífico têm grandes falhas e estão se separando, diz estudo
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Placas tectônicas do Pacífico têm grandes falhas e estão se separando, diz estudo

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Tecmundo
07/02/2024 18h30
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Em um estudo publicado na revista científica Geophysical Research Letters, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, detectou grandes falhas submarinas nas placas tectônicas localizadas no Oceano Pacífico e constatou que elas podem estar se separando. 

O artigo descreve que algumas dessas falhas têm centenas de quilômetros de extensão e estão a milhares de metros de profundidade; elas são resultados das forças dentro das placas que as puxam para o oeste.

Segundo o professor do departamento de Ciências da Terra da universidade canadense, Russell Pysklywec, o artigo pode ajudar em uma melhor compreensão sobre o tema ao refinar a teoria das placas tectônicas e mostrar que elas não são tão rígidas quanto imaginávamos. Os pesquisadores apontam que as falhas foram detectadas em extensos planaltos suboceânicos originados há milhões de anos.

Infelizmente, não são apenas as placas do Oceano Pacífico que estão passando por grandes falhas. Recentemente, uma equipe internacional de cientistas apresentou novas informações durante a Conferência da União Geofísica Americana, sugerindo que a placa tectônica indiana está se partindo em duas abaixo do Tibete.

O estudo sugere que, no passado, já ocorreu vulcanismo nessa região como resultado desse tipo de falha nas placas tectônicas.O estudo sugere que, no passado, já ocorreu vulcanismo nessa região como resultado desse tipo de falha nas placas tectônicas.

“Sabíamos que deformações geológicas, como falhas, acontecem no interior das placas continentais, longe dos limites das placas. Mas não sabíamos que o mesmo estava acontecendo com as placas oceânicas. Pensava-se que, como os planaltos suboceânicos são mais espessos, deveriam ser mais fortes. Mas os nossos modelos e dados sísmicos mostram que, na verdade, é o oposto: os planaltos são mais fracos”, disse um dos autores,   Erkan Gün, associado da Universidade de Toronto.

Os pesquisadores sugerem que o efeito funciona como uma toalha sendo puxada sobre uma mesa; assim, os planaltos suboceânicos são mais propensos a se separar, como em um tecido rasgado. É importante esclarecer que não se trata de um evento que causará o fim do mundo.

Um comunicado explica que a placa tectônica do Pacífico se deslocou para o oeste ao longo das zonas de subducção entre o Japão, Nova Zelândia e Austrália. Um comunicado explica que a placa tectônica do Pacífico se deslocou para o oeste ao longo das zonas de subducção entre o Japão, Nova Zelândia e Austrália. 

A descoberta foi realizada a partir de dados inseridos em modelos de supercomputadores. Ao todo, foram investigados quatro planaltos no oeste do Oceano Pacífico, conhecidos como Ontong Java, Shatsky, Hess e Manihiki. Embora os cientistas acreditem ser necessário estudar mais o tema para compreender a situação, eles têm esperança de que o novo artigo incentive futuros estudos.

“Mas a teoria não está gravada em pedra e ainda estamos descobrindo coisas novas. Agora sabemos que estes danos causados por falhas estão destruindo o centro de uma placa oceânica — e isso pode estar ligado à atividade sísmica e ao vulcanismo. Uma nova descoberta como esta anula o que entendemos e ensinamos sobre a Terra ativa. E mostra que ainda existem mistérios radicais até mesmo sobre o grande funcionamento do nosso planeta em evolução”, disse Pysklywec.

Gostou do conteúdo? Então, fique sempre atualizado com mais estudos sobre as placas tectônicas aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para entender como as placas tectônicas impulsionam o crescimento da biodiversidade marinha.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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