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Poeira estelar e galáxias: veja novas imagens do telescópio James Webb
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Poeira estelar e galáxias: veja novas imagens do telescópio James Webb

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Tecmundo
12/07/2022 15h36
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Nesta terça-feira (12), foi divulgado o primeiro pacote completo de imagens científicas feitas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) . As imagens foram reveladas em uma transmissão ao vivo realizada pela NASA (agência espacial dos Estados Unidos).

A primeira imagem lançada nesta terça foi a do espectro do exoplaneta WASP-96 b, um gigante de fora do Sistema Solar com metade da massa de Júpiter. A descoberta de WASP-96 b foi anunciada em 2014. 

JWSTEspectro do exoplaneta WASP-96 b em imagem obtida pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) - créditos: NASA, ESA, CSA, and STSc

De acordo com a NASA, o telescópio captou uma assinatura distinta da presença de água, e evidência de nuvens e névoa na atmosfera do planeta gasoso. WASP-96 b está na órbita de uma estrela semelhante ao Sol.

A segunda imagem foi feita por duas câmeras do James Webb e mostra o fim da vida de uma estrela: a nebulosa do Anel do Sul (NGC 3132).

JWSTImagem feita pelo Telescópio Espacial James Webb mostra a nebulosa do Anel do Sul, uma estrela no fim de sua vida (créditos: NASA, ESA, CSA, and STScI)

A foto mostra as ondas de gás e poeira expelidos pela estrela no seu centro após uma explosão. "O Webb vai permitir que astrônomos entendam melhor as nebulosas planetárias como a que é vista na imagem — nuvens de gás e poeira expelidas por estrelas em sua morte. Entender quais são as moléculas presentes, e onde elas estão nas camadas de gás e poeira, vão ajudar os pesquisadores a refinar seus conhecimentos sobre esses objetos celestes", diz a NASA em comunicado.

O grupo de cinco galáxias conhecido como Quinteto de Stephan aparece na terceira imagem divulgada nesta terça-feira (12).

JWSTQuinteto de Stephan, grupo de cinco galáxias, em imagem feita pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) - créditos: NASA, ESA, CSA, and STScI

A foto é feita de uma coletânea de quase 1.000 imagens separadas, e mostra milhões de jovens estrelas. A imagem pode oferecer novas revelações sobre as interações entre galáxias, diz a NASA em comunicado.

Na última imagem divulgada, é possível ver a nebulosa Carina com beleza e detalhes inéditos. A região que está na foto chama-se NGC 3324.

JWSTImagem feita pelo Telescópio Espacial James Webb da nebulosa Carina

A nebulosa está localizada a 7.600 anos-luz da Terra, na constelação Carina. Ali, nascem novas estrelas gigantescas, algumas delas muito maiores do que o nosso Sol.

O JWST é um telescópio de infravermelho capaz de revelar detalhes do universo que nossos olhos e telescópios mais antigos não conseguem captar. O aparelho foi lançado ao espaço no dia 25 de dezembro de 2021, após uma série de adiamentos. Como o custo total do equipamento ficou em cerca de 10 bilhões de dólares (quase R$ 54 bilhões no câmbio do dia 11/07/2022), os cientistas escolheram esperar pelo momento mais adequado e seguro para o lançamento.

O super telescópio, considerado sucessor do Hubble, é fruto de uma parceria entre a NASA, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA). Segunda a NASA, o principal parceiro industrial do projeto é o Northrop Grumman.

Na noite da segunda-feira (11), a primeira imagem foi lançada em um evento transmitido ao vivo. O anúncio da foto foi feito pelo presidente americano Joe Biden, a vice-presidente Kamala Harris e Bill Nelson, administrador da NASA (agência espacial dos Estados Unidos).

A primeira imagem mostra o cluster (agrupamento) de galáxias SMACS 0723, cheio de detalhes. São centenas de galáxias distantes, jamais vistas com tanta clareza. Segundo a NASA, a imagem cobre um pedaço do nosso céu equivalente a um grão de areia visto da distância de um braço esticado.

JWSTPrimeira imagem científica do Telescópio Espacial James Webb mostra o agrupamento de galáxias SMACS 0723 (Créditos: NASA, ESA, CSA, and STScI)

Na foto, o SMACS 0723 aparece para nós como estava há 4,6 bilhões de anos, de acordo com a NASA. Essas galáxias estão tão longe de nós, que sua luz demora muito tempo para chegar até nossa posição no espaço. Assim, quando olhamos pelos telescópios, vemos o passado.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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