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Primeira rede de telescópios robóticos começa a atuar em cinco continentes
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Primeira rede de telescópios robóticos começa a atuar em cinco continentes

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Tecmundo
21/02/2023 18h31
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A Burst Observer and Optical Transient Exploring System (BOOTES) é a primeira rede de telescópios  robóticos que foi implantada em cinco continentes, após quase 25 anos de esforços para concluir o desenvolvimento do projeto. As informações foram publicadas na revista científica Frontiers in Astronomy and Space Sciences , no dia 16 de janeiro.

O projeto é um desenvolvimento do Instituto de Astrofísica da Andaluzia (IAA) da Agência Estatal Conselho Espanhol de Pesquisas (CSIC), da Universidade de Málaga e de outras instituições na Espanha e em outros países. Ao todo, foram duas instalações na Espanha e uma em cada um dos seguintes países: Nova Zelândia, China, México, África do Sul e Chile.

A rede de telescópios foi desenvolvida para utilizar informações sincronizadas de diferentes fontes nos cinco continentes, permitindo uma visualização rápida em tempo real de eventos astronômicos. O uso da rede é principalmente voltado para eventos de fontes transitórias, que emitem luz de forma breve, intensa e rápida — diferente de outras observações de objetos com emissão permanente.

"BOOTES é o resultado de quase vinte e cinco anos de esforço contínuo, desde que instalamos a primeira estação em 1998 no Instituto Nacional de Técnica Aeroespacial (INTA), instituição que inicialmente apoiou o projeto. A implantação completa representa um marco científico, pois é a primeira rede robótica com presença em todos os continentes", disse o cientista do IAA-CSIC e coautor principal do artigo, Alberto J. Castro-Tirado.

Apesar de estar em diferentes estações operacionais, como é apresentado na imagem acima, a BOOTES pode ser usada como um único observatório capaz de obter dados em todas as regiões da TerraApesar de estar em diferentes estações operacionais, como é apresentado na imagem acima, a BOOTES pode ser usada como um único observatório capaz de obter dados em todas as regiões da Terra

Conforme explica o artigo, a rede BOOTES deve ajudar na observação das explosões de raios gama, associadas à morte de estrelas massivas. Normalmente, são usados satélites para avisar sobre eventos de raios gama, contudo, a rede funcionará muito melhor por conta da sua velocidade — além desse tipo de observação, os telescópios robóticos podem identificar cometas, asteroides, estrelas variáveis, supernovas e outros objetos que emitam ondas gravitacionais.

Apesar de ter finalizado a implementação apenas em 2023, o projeto começou a se destacar anos antes: foram realizadas ótimas observações em 2017, quando foram detectados os primeiros dados de uma contraparte eletromagnética de uma onda gravitacional, nomeada de GW170817. Em 2020, a BOOTES observou ondas de rádio de duração curta encontradas na Via Láctea e, em 2021, detectou pulsos em uma explosão magnética de uma estrela de nêutrons.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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