Processo diz que Apple Watch não funciona bem em tons escuros de pele

A Apple é alvo de uma ação coletiva que alega que o oxímetro do Apple Watch  não funciona corretamente em pessoas com tons de pele mais escuros. No processo, há um destaque para relatos de dispositivos menos precisos ao medir o oxigênio no sangue de pessoas não brancas.

A ação foi ajuizada por Alex Morales. O norte-americano comprou o smartwatch entre 2020 e 2021. Ao adquirir o Apple Watch, ele tentou fazer uso do oxímetro de pulso, acreditando que funcionária normalmente. No processo, ele cita que o problema só foi melhor abordado durante a pandemia do coronavírus .

Pesquisadores “confirmaram o significado clínico do viés racial da oximetria de pulso usando registros de pacientes obtidos durante e antes da pandemia”, fazendo com que a confiança na aferição "para triagem de pacientes e ajuste dos níveis de oxigênio suplementar pode colocar os pacientes negros em maior risco de hipoxemia [falta de oxigenação no sangue]", diz a ação.

O processo é datado de 24 de dezembro, em nome de todos os consumidores de Nova York, além de outros nove estados, baseado em leis de fraude ao consumidor das localidades. Ele também acusa a Apple de violações de garantia expressa, fraude e enriquecimento sem causa.

O sensor do oxímetro do Apple Watch não funciona corretamente em pessoas de pele escura.

Não é a primeira vez em que a empresa de Cupertino recebe reclamações do tipo. Usuários do Apple Watch, em 2015, reclamaram de problemas no sensor cardíaco em caso de tatuagens pretas nos pulsos. Na época, a marca afirmou que "a tinta, o padrão e a saturação de algumas tatuagens podem bloquear a luz do sensor, dificultando a obter leituras confiáveis".

Além disso, a Xiaomi já foi acusada de problemas similares com os modelos mais antigos da Mi Band. Pessoas negras não tinham a frequência cardíaca medida corretamente ao usar o acessório durante a prática de exercícios.