Quem foi César Lattes? Doodle do Google celebra os 100 anos do físico brasileiro
Tecmundo
O Doodle do Google desta quinta-feira (11) homenageia o físico brasileiro César Lattes, que estaria completando 100 anos hoje. Ele foi responsável pela descoberta da partícula subatômica méson pi, igualmente conhecida como píon, e contribuiu para os avanços nos estudos das forças nucleares.
A ilustração animada, exibida na tela inicial do buscador, traz o rosto de Lattes em sua juventude. Ele aparece ao lado de desenhos que remetem a átomos, em referência ao trabalho do pesquisador, cujo nome também está na plataforma que reúne currículos acadêmicos e dados de grupos de pesquisa e instituições.
Clicando nela, o internauta pode saber quem foi César Lattes em páginas que abordam o trabalho do cientista, um dos responsáveis pela criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Além do Brasil, a ilustração pode ser vista no México, Reino Unido e Irlanda, segundo a gigante de Mountain View.
Vale lembrar que os Doodles do Google são utilizados para homenagear personagens históricos, celebrar eventos e outros acontecimentos importantes. Eles ficam no ar durante um dia, normalmente, e podem trazer uma série de recursos interativos, em alguns casos.
Prêmio Nobel de Física
Nascido em Curitiba (PR) no dia 11 de julho de 1924, Cesare Mansueto Giulio Lattes se formou na Universidade de São Paulo (USP) em 1943 como o único aluno de Física da turma. Em um de seus trabalhos, atuou na descoberta dos píons, partículas que se formam na colisão da matéria espacial com a atmosfera terrestre.
Ele fazia parte da equipe liderada pelo físico britânico Cecil Frank Powell, que publicou os resultados do estudo na revista Nature. A pesquisa foi a vencedora do Prêmio Nobel de Física de 1950, entregue apenas a Powell, apesar do papel importante desempenhado pelo brasileiro.
Lattes também trabalhou como professor na USP e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), lutou por mais financiamento governamental para a ciência e recebeu diversos prêmios ao longo da carreira. O pesquisador morreu em 2005, aos 80 anos, na cidade de Campinas (SP).