Radiotelescópio será lançado ao lado oculto da Lua para explorar o universo
Tecmundo
Já pensou se pudéssemos explorar o lado oculto da Lua? Alguns cientistas do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) e da NASA (agência espacial americana) estão desenvolvendo um novo radiotelescópio que será colocado na Lua a fim de sondar todo o lado inexplorado do satélite.
O telescópio vai se chamar Lunar Surface Electromagnetics Experiment-Night (LuSEE-Night) e pretende ajudar os cosmólogos a desvendar alguns dos grandes mistérios do universo, como a natureza da energia escura e a formação do próprio universo.
Lado oculto da lua representado em imagem da NASA.
O ‘lado oculto da Lua’ é, na verdade, o lado que não conseguimos enxergar da Terra. Durante a rotação completa em torno da Terra, a Lua também faz uma rotação completa em torno de si mesma, o que faz com que ela esteja sempre virada ‘do mesmo lado’ para a Terra.
Não se sabe muito sobre o que tem por lá, mas acredita-se que a composição seja provavelmente a mesma do lado visível.
O que sabemos é que existe uma baixa quantidade de ‘mares’, ou seja, planícies criadas por atividades vulcânicas causadas por impactos de asteroides , além de também possuir crateras de asteroides mais visíveis.
Os cientistas procuram estudar o lado oculto da Lua porque a região é livre de sinais de rádios artificiais da Terra e, se eles puderem detectar isso, seria um grande salto astronômico para muitas descobertas.
Com o LuSEE-Night, talvez isso seja possível daqui a algum tempo. Ele deve rejeitar o calor em um ambiente de vácuo durante o dia e evitar o congelamento à noite - tudo isso enquanto se alimenta por 14 dias de escuridão contínua e conduz uma ciência inédita.
“O LuSEE-Night não é um radiotelescópio padrão”, disse Anže Slosar. “Ele funcionará como um rádio FM, captando sinais de rádio em uma faixa de frequência semelhante. O espectrômetro está no centro disso. Como um sintonizador de rádio, ele pode separar radiofrequências e transformar sinais em espectros. É aí que nossa experiência nos dá um ponto de partida. Mesmo que ninguém tenha construído um instrumento como este antes, sabemos como construir o componente mais crucial – um espectrômetro muito sensível.”