Resident Evil Village no iPhone 15 Pro: vai matar os consoles? Comparamos com o PS5
Tecmundo
Há quanto tempo a gente já não escuta que os celulares estão próximos de substituir os consoles quando a gente fala da qualidade dos jogos? A Apple deu um passo além no lançamento da linha iPhone 15, que já consegue rodar games AAA (triple A) com ray-tracing, como é o caso de Resident Evil Village .
Mas a história não é tão simples quanto aparenta. Embora o iPhone 15 Pro e 15 Pro Max possam rodar o game da Capcom, existem algumas limitações. Por isso, o Voxel traz os principais detalhes, destaques e problemas, além de um comparativo com a versão de PlayStation 5 do título.
Apenas dois celulares da Apple podem rodar o RE Village atualmente. São eles o iPhone 15 Pro e o iPhone 15 Pro Max. O componente que permite fazer com que os celulares possam rodar jogos de consoles e PC é o novo processador A17 Pro . Para o pessoal do iPad, ele requer pelo menos o chip M1.
No lançamento, a Apple disse que o A17 Pro traz "jogos nunca antes vistos no iPhone". Além do Village, a Capcom também deverá lançar o Resident Evil 4 Remake para dispositivos da Apple.
Uma das principais características do novo processador está justamente na maneira que a Apple remodelou a sua GPU. Segundo a empresa, ela é até 20% mais rápida em comparação com a última versão, além de contar com seis núcleos.
Outro recurso habilitado pelo chipset é o traçado de raios, ou ray-tracing, com aceleração por hardware no lugar de software. Por isso é possível, entre outros, reproduzir títulos bem pesados no iPhone 15 Pro e 15 Pro Max.
O RE Village que nós temos no iPhone é o game completo. Isso significa que você tem disponível, além do jogo base, os DLCs que a Capcom já lançou. É possível jogar "A Sombra de Rose" e "Os Mercenários: Ordens Adicionais", utilizar o modo em terceira pessoa; coletar armas especiais, acessar todos os bônus do jogo e por aí vai. Esses são os preços dos conteúdos:
Resident Evil Village pode atingir gráficos impressionantes no iPhone 15 Pro.
Um detalhe importante é que você pode, sim, jogar com botões direto da tela do iPhone. A jogabilidade não é boa e por vezes você acaba demorando muito mais para realizar ações simples, como subir em lugares, mirar e atirar rapidamente e afins. Ainda é possível personalizar a posição e opacidade desses botões, mas a experiência é muito melhor com um controle físico.
Eu preferi jogar, na maior parte do tempo, com um controle Bluetooth. A própria Capcom recomenda o uso de controles externos, assim a jogabilidade é muito mais confortável. Por outro lado, você não pode conectar mouse e teclado para jogar o Village no celular. Algo que eles podem fazer no futuro é inserir o layout de botões de outros controles. Até então, só o do Xbox é visto.
Sobre o tamanho do game completo (com todos os conteúdos adicionais), ele pode ocupar mais de 18 GB de armazenamento — o que é menos do que nas versões para consoles e PC. Para a versão 15 Pro Max, que começa com 256 GB, a situação é mais confortável. Mas quem optar pelo iPhone 15 Pro com 128 GB pode, a longo prazo, sofrer com o acúmulo desses games gigantes no celular.
Antes de começarmos a falar de gráficos, vale um aviso bem rápido. Na tela do iPhone, com ele em mãos, você consegue enxergar o conteúdo do jogo com HDR. Já quando você vê o gameplay a partir de uma gravação de tela e em outro dispositivo, o recurso já não fica disponível. Essa é uma limitação do próprio iOS.
Aqui vão dois exemplos de imagens com e sem HDR. Essas mais dramáticas foram capturas de tela feitas pelo próprio celular; já as outras foram feitas posteriormente a partir de uma gravação de tela.
Uma coisa muito legal de RE Village no iPhone é que você tem muitas opções para calibrar os gráficos. Estão disponíveis as resoluções 720p, 900p, 1080p e 1290p, que inclusive é o que vem como recomendado. Você ainda pode mexer na taxa de quadros por segundo, texturas, reflexos, iluminação, sombras e muito mais. É bastante completo.
Como vimos aqui, esse é mais um caso de ter uma grande gama de jogos bons e considerados pesados no seu bolso. Aí você pode jogar com o iPhone num ônibus, durante uma viagem, ou até mesmo esperando numa fila, como já deve fazer com outros títulos.
Só que ainda estamos tendo uma espécie de “prévia” do que essa estratégia tem a nos oferecer. O Village funciona muito bem no iPhone 15 Pro, mas há limitações de desempenho com gráficos mais avançados.
Agora é esperar, é claro, o que todas as outras desenvolvedoras têm a oferecer e como a Apple vai aprimorar ainda mais o seu hardware para o futuro. Quem sabe até mesmo a Rockstar não lance uma versão de GTA V para iPhone?