Telegram lidera denúncias de conteúdos de abuso e exploração sexual infantil, aponta SaferNet
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Tecmundo
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As denúncias sobre imagens de abuso e exploração sexual infantil compartilhadas no Telegram caíram em 2024, de acordo com dados divulgados pela SaferNet Brasil nesta terça-feira (11). Apesar disso, a quantidade de grupos e canais divulgando esse tipo de conteúdo recebidos pela ONG cresceu entre o primeiro e o segundo semestres do ano passado.
Como detalha a Folha de S.Paulo, a organização registrou um total de 100.077 denúncias ao longo de todo o ano, o que representa 34% a menos do que os relatos de 2023. A queda abrange a maioria dos crimes, como exploração sexual infantil, com redução de 26%, e crimes de ódio , com 49%.
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No entanto, a menor quantidade de registros não representa uma internet mais segura, de acordo com o presidente da SaferNet, Thiago Tavares. Ele explica que o total de denúncias de 2024 foi o quarto maior recebido pela entidade em sua série histórica e que os casos estão mais graves e complexos.
Além disso, ele alerta que os materiais de abuso infantil estão sendo compartilhados em mais apps e fóruns na web com URLs não específicas para esse tipo de conteúdo, dificultando a sua localização. Outro detalhe revelado por Tavares é o uso de perfis restritos para a divulgação, exigindo que a pessoa interessada seja integrante de um grupo ou amiga de quem fez a postagem.
Aumento de relatos no segundo semestre
Se a quantidade geral de relatos caiu ao longo do ano, a ONG registrou um aumento de 78% nas denúncias de canais e grupos divulgando imagens de abuso e exploração sexual infantil no Telegram entre o primeiro e o segundo semestres de 2024. O app de mensagens é o líder em número de queixas sobre pornografia infantil .
Conforme a pesquisa, a quantidade de grupos e canais relacionados ao assunto denunciados subiu 19% e aqueles que continuam ativos e sem moderação por parte da plataforma aumentaram 76%. Já o número de usuários nessas comunidades passou de 1,25 milhão para 1,4 milhão no período e para 2,65 milhões nos dois semestres.
O levantamento feito pela SaferNet será compartilhado com o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF), assim como havia sido feito no ano passado, resultando na abertura de investigações.
Em resposta à Folha, o Telegram afirmou ter uma “política de tolerância zero para pornografia ilegal” e que usa moderação humana, IA e aprendizado de máquina para identificar e combater crimes de abuso . O app alega ter removido 18.907 canais e grupos por conta de conteúdos de abuso sexual infantil somente em fevereiro.
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