Treinamento do Gemini faz emissão de poluentes do Google disparar
Tecmundo
As emissões de gases de efeito estufa do Google aumentaram, dificultando alcançar as metas climáticas da gigante da tecnologia, conforme o Relatório Ambiental de 2024 da empresa divulgado na terça-feira (2). Os gastos energéticos com o treinamento das ferramentas de inteligência artificial são o principal fator motivador.
Segundo a companhia de Mountain View, suas emissões totais aumentaram 48% desde 2019. Considerando apenas 2023, foram produzidas 14,3 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono, o equivalente à quantidade de CO2 liberada por 38 usinas de energia durante um ano, 13% a mais que em 2022.
O salto na demanda energética foi proporcionado principalmente pelo uso de data centers, que adicionaram em torno de 1 milhão de toneladas de poluição aos números da big tech no ano passado em meio aos avanços do Gemini. O Google também destaca as emissões da cadeia de suprimentos.
“À medida que integramos ainda mais a IA em nossos produtos, reduzir as emissões pode ser desafiador devido às crescentes demandas de energia da maior intensidade da computação de IA e às emissões associadas aos aumentos esperados em nosso investimento em infraestrutura técnica”, explica o relatório.
Minimizando os impactos ambientais da IA
O Google tem planos de zerar as emissões líquidas em suas operações até 2030. Para tentar manter essa meta, a responsável pelo Gemini afirma que tomará medidas para reduzir os impactos ambientais causados pela tecnologia, incluindo tornar os data centers, modelos de IA e hardware mais eficientes em termos de energia.
Desafio semelhante será enfrentado por outras empresas, uma vez que os centros de processamento de dados usam 1% da energia gerada globalmente, no momento, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). A expectativa é que esse consumo aumente 10 vezes em 2026 por causa das ferramentas de IA.
A Microsoft, por exemplo, viu suas emissões de gases de efeito estufa crescer 30% em 2023 na comparação com 2020, dificultando manter suas metas climáticas. A companhia também tem investido pesado em recursos de IA para os seus produtos.