Uber admite ter escondido vazamento de dados de 57 milhões de usuários
Tecmundo
A Uber fechou um acordo com promotores dos Estados Unidos, na última sexta-feira (22), para evitar acusações criminais sobre um vazamento de dados de 2016 que expôs dados de 57 milhões de passageiros e motoristas. A empresa aceitou a responsabilidade por encobrir a violação de dados, revelada somente em 2017 pela companhia.
Com o acordo de não acusação, a Uber admitiu que não comunicou à Comissão Federal de Comércio (FTC) dos EUA sobre a invasão ocorrida em novembro de 2016. A empresa também concordou em cooperar com a acusação do ex-diretor de segurança Joe Sullivan, demitido da empresa logo após o incidente cibernético ser revelado.
De acordo com Stephanie Hinds, procuradora de San Francisco, a Uber esperou cerca de um ano para relatar a violação de dados. Segundo a agência Reuters, Hinds apontou o acordo feito entre Uber e a FTC de 2018 para manter um programa de privacidade abrangente por 20 anos.
Sullivan teria pago aos invasores US$ 100 mil em bitcoin para que ficassem em silêncio — assinando, desta forma, um acordo de confidencialidade sobre o roubo de dados.
Ainda em 2018, a Uber pagou multas equivalentes a US$ 148 milhões aos 50 estados dos EUA e à capital Washington pela lentidão na divulgação do caso. A empresa, por sua vez, não comentou a nova decisão.