WhatsApp: Meta processa apps falsos que roubaram 1 milhão de contas
Tecmundo
Empresas chinesas que desenvolvem ou fazem negócios com outras de aplicativos não oficiais do WhatsApp estão sendo processadas pela Meta. O documento informa que nomes como HeyMods, Highlight Mobi e HeyWhatsApp estão inclusos no processo, e tais apps já teriam roubado mais de um milhão de contas do mensageiro.
Em sua alegação, a Meta ressalta que o WhatsApp possui mais de 2 bilhões de usuários em 180 países e que o serviço de troca de mensagens, chamadas, transferência de arquivos e afins é criptografado e que as empresas em questão feriram os Termos de Serviço.
Entre maio e julho de 2022, os réus, cita o documento, "enganaram mais de um milhão de usuários do WhatsApp para comprometer suas contas como parte de um ataque de takeover" — quando uma conta é "invadida" ou "tomada". Segundo a alegação, essas contas passavam a ser "usadas para enviar mensagens de spam comercial".
Exemplo de aplicativo modificado do WhatsApp utilizado pela Meta em seu processo.
A Meta também alega que os aplicativos estavam disponíveis para download nos respectivos sites das empresas, mas que também podiam ser baixados diretamente da Google Play Store.
Segundo a empresa, várias versões de pelo menos dois apps ("AppUpdater for WhatsPlus 2021 GB Yo FM HeyMods" e "Theme Store for Zap") usaram indevidamente as marcas do WhatsApp. Indo além, eles continham um malware que, após a instalação, coletavam informações de autenticação das contas para realizar o "sequestro" e o uso não autorizado. Atualmente, os dois aplicativos não estão mais disponíveis na loja do Google.
Tretas com apps modificados do WhatsApp
Em março deste ano, usuários do popular WhatsApp GB, um aplicativo não oficial que oferece funções adicionais no Android, tiveram suas contas bloqueadas. A empresa deu suporte para que eles recuperassem suas contas no app oficial.
Já em julho, o CEO do WhatsApp, Will Cathcart, disse que usar apps modificados da plataforma "é uma má ideia". "Esses aplicativos prometiam recursos, mas eram apenas uma farsa para roubar informações pessoais armazenadas nos telefones", disse