WT.Social: fundador do Wikipedia possui rival para o Twitter

A recente aquisição do Twitter pelo empreendedor Elon Musk deixou muitos usuários preocupados com o futuro da rede social. Então Jimmy Wales, fundador do Wikipedia, acaba de anunciar uma alternativa para quem está descontente: a WT.Social, que está em atividade desde 2019.

Intitulando-se “a rede social não tóxica”, a plataforma se propõe a atuar sem algoritmos baseados diretamente em engajamento. Segundo Wales, os conteúdos serão classificados com base em contas consideradas confiáveis por um grupo selecionado de usuários.

Página inicial do WT.Social.Fonte:  WT.Social/Reprodução 

“Não sei se será perfeito. Tenho certeza que teremos que realizar ajustes no caminho, mas tem que ser melhor que este inferno”, comentou Wales em uma publicação no próprio Twitter.

A página inicial menciona que o WT.Social é um lugar “onde os anunciantes não mandam” e “os dados não são empacotados e vendidos”. Ademais, a plataforma deve permitir que os usuários editem conteúdos enganosos e os “maus atores” podem ser expulsos.

Por fim, Wales anunciou que uma versão do aplicativo da rede social com o novo sistema de classificação das publicações será lançada em breve. Os interessados já podem conhecer e explorar a plataforma ao acessar wt.social .

Falta de moderação do Twitter é a principal preocupação dos usuários após a compra de Elon Musk.Fonte:  Brett Jordan/Unsplash 

O que preocupa os usuários do Twitter?

Após Elon Musk declarar que o “pássaro está livre”, vários usuários do Twitter temem uma possível falta de moderação da plataforma. A ação poderia tornar as comunidades compostas por minorias mais suscetíveis a ataques, assédios e outros problemas.

Outras pessoas também apontam riscos de uma suposta “censura” a esses grupos. Bem como, um retrocesso em relação a diversas políticas implantadas pela plataforma com a intenção de torná-la um ambiente menos tóxico.

Ainda é cedo para afirmar que o WT.Social será o “porto seguro” para os usuários descontentes com o Twitter. Contudo, analistas sugerem que pode ser uma questão de tempo para o surgimento de um concorrente que “abrace” essas pessoas.