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Indonésia abre investigação sobre tragédia em estádio de futebol
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Indonésia abre investigação sobre tragédia em estádio de futebol

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Sportbuzz
04/10/2022 14h52
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Dias após a tragédia na Indonésia, o governo local abriu uma investigação para apurar a condução da polícia no caso que terminou com 131 mortes, entre elas dezenas de crianças, após a partida entre Arema FC e Persebaya Surabaya, no estádio Kanjuruhan, pela primeira divisão nacional. A informação é da agência de notícias “AFP”.

A agência aponta que o governo busca encontrar os responsáveis pela tragédia do último sábado, 01. De acordo com relatos dos torcedores, todo o desastre aconteceu quando os policiais usaram gás lacrimogêneo para evitar que a torcida da casa invadisse o gramado após o apito final.

Os torcedores do Arema FC improvisaram um centro de denúncias em Malang para colher relatos. Eles afirmam que vão abrir um processo diante da conduta ‘desproporcional’ dos policiais e apontam ação indiscriminada contra os presentes nas arquibancadas do Kanjuruhan. Nico Afinta, chefe de polícia da província de Java Oriental, pediu desculpas pela falha de segurança.

“Se houve um motim, eles deveriam ter disparado (o gás lacrimogêneo) no gramado, não nas arquibancadas. Muitas vítimas estavam nas arquibancadas. Entraram em campo em pânico com o gás”, disse Danny Agung Prasetyo, coordenador do grupo de torcedores, em entrevista à AFP.

População presta homenagens às vítimas da tragédia na Indonésia
População presta homenagens às vítimas da tragédia na Indonésia (Crédito: GettyImages) 

 

A Liga Nacional foi suspensa pelo governo local. Na última segunda-feira, 01, Ferlo Hidayat, chefe de polícia de Malang, foi destituído do cargo. Além disso, nove agentes foram suspensos e outros 19 são investigados. A informação foi dada pelo porta-voz da Polícia Indonésia, Dedi Prasetyo.

Jogador brasileiro relata pânico

“No vestiário, comemoramos a vitória, mas a polícia veio e disse: “Não, não... corre, senão a gente não sai”. Aí já começamos a trocar de roupa todo mundo rápido, sem tomar banho mesmo e a polícia nos apressando. Aquela correria, loucura... aí conseguimos sair correndo, entrar no blindado e ficar esperando”, disse o jogador brasileiro Sílvio Júnior em entrevista ao “GE”.

Ficamos umas duas horas ali ainda vendo aquela cena. Era surreal. Eu passei pelo Azerbaijão na época da guerra com a Armênia e eu não vi as coisas que eu vi ali. Nós olhávamos pelo vidro da frente do blindado. Parecia cenário de guerra mesmo. Eles arremessando as coisas. Arremessaram alguma coisa que trincou o vidro do blindado. Coisa de doido. Maluquice. Eles jogando pedra... acabaram com o carro da polícia. Tinha um carro da polícia do lado da gente. Eles quebraram tudo”, acrescentou.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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