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Em entrevista, Danilo Santos Miranda refletiu sobre o avanço digital e a desigualdade socioeconômica
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Em entrevista, Danilo Santos Miranda refletiu sobre o avanço digital e a desigualdade socioeconômica

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Aventuras Na História
30/10/2023 23h08
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No último domingo, 29, os brasileiros receberam a dura notícia da morte de Danilo Santos Miranda. Sociólogo e filósofo, Danilo se encontrava internado desde o começo do mês.

Durante 40 anos, ele foi o diretor do Sesc de São Paulo. Com diversas unidades ao redor do Estado, se tornou uma das mais importantes instituições do país.

Em entrevista ao Sesc, no começo do ano passado, Miranda foi questionado a respeito da cultura e como ela se adapta a hegemonia do universo digital.

Para o diretor do Sesc, a evolução digital da tecnologia é um fato, no entanto, existem fatores que devem ser considerados, como a falta de acessos para pessoas carentes. 

"Antes de tudo, precisamos reconhecer: a evolução digital da tecnologia veio para ficar e nós não temos dúvida de que isso se tornará cada vez mais presente no dia a dia das pessoas. Há questões que precisam ser consideradas. Em primeiro lugar, a questão da desigualdade socioeconômica: quem já tem acesso hoje? Verificamos que parte das pessoas que precisavam ter acesso, crianças em idade escolar, não o têm, porque as famílias são carentes. Isso ocorre no mundo inteiro, com exceção dos países hegemônicos da Europa e os Estados Unidos, mas no restante do planeta é um problema grave. Temos que estar atentos à intensificação dessas novas dinâmicas, mas, por outro lado, isso deve ser entendido de uma forma bem crítica, porque há a necessidade de ações que garantam que todos cheguem efetivamente a isso. Porque todos chegarão, mais cedo ou mais tarde… E digo mais, trata-se de uma experiência que vai se tornar cada vez mais tranquila, amigável, fácil, acessível", disse ele.

Além disso, Danilo também foi questionado a respeito da relação dos mais velhos com os mais novos diante de tanta novidade em um mundo digital.

"Quando se aborda essa questão focando nas idades mais avançadas, a dificuldade é maior. Eu sinto isso menos do que outras pessoas que são mais velhas do que eu, que têm a mesma idade ou até menos do que eu, mas que não têm o mesmo acesso, a mesma facilidade. Mas é muito menos do que outros que já estão lá com isso quase que já de nascença. É algo que veio para ficar, parte do processo natural de desenvolvimento. No entanto, como eu falava antes, o desenvolvimento não pode ser só material. Não basta todo mundo ter computador, é fundamental ter computador e saber usá-lo. É essencial atentar para o desenvolvimento também no aspecto humano, no que diz respeito ao conhecimento, à educação, ao preparo das pessoas. Eu, por exemplo, às vezes tenho muita dificuldade para descobrir certas coisas que outros descobrem muito facilmente, e creio que o âmbito da tecnologia nem sempre dedica muito cuidado a esse aspecto, de que aqueles menos informados têm todo o direito ao acesso digital".

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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