Orgulho LGBTQIAP+: Ale Monteiro fala sobre representatividade, força e preconceito
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Muitos podem não entender a importância da luta LGBTQIA+ para os grupos que compõem a sigla. O produtor de moda Ale Monteiro acreditava que bastava viver sua vida, sem lutar por essa causa, mas agora ele tem um novo pensamento
“Eu por muito tempo não entendia e até mesmo já critiquei. Depois de muito tempo e esclarecimento, fui entender que é quando se trata de direitos você não deve questionar. Quando se trata de gosto você não tem que tolerar. Não quero tolerância, quero respeito. Não quero lei que nos defendam, quero a sociedade consciente que estamos ocupando o mesmo espaço e temos os mesmos direitos”, disse o produtor responsável pelos looks da ex-BBB Sarah Andrade.
Ele continuou: "E sou um gay orgulhoso, celebrar esse dia é com certeza mostrar que somos simbolo de resistência durante todo esses anos. E foi muita luta até chegar aqui, e não vamos parar".
Ale também revelou que sofreu preconceitos na escola por professores.
“Não sofri preconceito dentro de casa. Mas sofri sim na escola, por professores despreparados. Mas dentro de casa eu fui criado para acreditar que a excelência é a melhor forma de dissuadir o preconceito. E é assim que oriento a minha vida. Crescer numa sociedade homofóbica faz com que tenhamos cada vez mais medo”, explicou ele.
O produtor de moda confessou que durante três décadas ficou calado e contou que está no projeto de se devolver.
“Você cresce sem referências, somente aquelas ridicularizadas e estereotipadas. Então você cresce ouvindo: não fala assim, não senta assim, não dança assim, não brinca com isso, não usa isso… até que tiram tudo de você. Até que não sobra mais nada. Eu fiquei calado por 30 anos, na verdade, eu nem sabia que podia. Hoje estou no meu processo de me devolver. Estou devolvendo para mim tudo o que me foi tirado”, disse o produtor de moda com entusiamo.