Mulher-Maravilha completa 80 anos; saiba mais sobre a personagem da DC
Tecmundo
Criada durante a Segunda Guerra Mundial e adotada como ícone da cultura pop, a Mulher-Maravilha, super-heroína da DC, chega aos 80 anos com "corpinho de 20" e muita história para contar. A amazona, que surgiu nos quadrinhos, já participou de filmes e séries e foi eternizada nos mais diversos itens, como bonecas, joias e no imaginário coletivo.
O dia 21 de outubro de 1941 foi o primeiro da Mulher-Maravilha na DC Comics. A personagem debutou na revista All Star Comics #8, com a história Introducing Wonder Woman. Desde então, a Princesa Diana de Themyscira – uma ilha paradisíaca –, conhecida pela identidade civil de Diana Prince, nunca perdeu seu espaço nas histórias da DC e nos corações dos fãs.
Com raízes na mitologia grega, a Mulher-Maravilha teve sua história alterada algumas vezes. Na versão mais recente, ela é filha biológica de Zeus e Hipólita e é um verdadeiro "mulherão da porr*": seu físico não nega sua origem de amazona; Diana é uma guerreira forte e com dons sobre-humanos que luta pela paz em um mundo predominantemente masculino.
Os poderes da Mulher-Maravilha
A Mulher-Maravilha é um dos membros fundadores da Liga da Justiça e não fica para trás perto de seus colegas do sexo masculino: ela tem superforça, supervelocidade, reflexos apurados e resistência incomum. Como se não fosse suficiente, a heroína ainda voa.
Além de todas essas credenciais, Diana ainda é superinteligente — Atena, Deusa da Sabedoria, lhe concedeu inteligência acima do normal e o poder da estratégia. Ah, e ela ainda tem a beleza da deusa Afrodite. Pouca coisa, será?
A amazona também é capaz de se comunicar com os animais e é dona de uma grande empatia, o que a faz ser uma boa diplomata. Mas quando a diplomacia acaba, ela tem outros recursos aos quais recorrer: seu laço da verdade, uma arma que obriga os capturados a "abrirem o bico" e seus braceletes da submissão, que foram feitos dos restos do escudo de Zeus, são superfortes e a protegem. Até sua bela tiara real tem poderes: serve como bumerangue e é capaz de ferir até mesmo kriptonianianos.
A missão da Mulher-Maravilha
Diana representa a possibilidade e o potencial de uma vida sem guerra, ódio ou violência, segundo sua descrição no site da DC Comics. Para eles, a heroína é um farol de esperança para todos os que se encontram em necessidade. Seu propósito é proteger o mundo da injustiça em todas as suas formas.
Mas o trabalho da Mulher-Maravilha não é nada fácil: ela vive dividida entre sua missão de promover a paz e a necessidade de lutar contra a violência generalizada da Terra. Diana luta para caminhar na linha, dividida entre sua força de guerreira e sua compaixão sem fim.
Mulher-Maravilha além dos quadrinhos
A atriz e modelo Lynda Carter, que interpretou Diana na série de TV.
Depois de uma tentativa frustrada de trazer a heroína para a TV em 1974, a ABC produziu um filme em novembro de 1975, intitulado The New Original Wonder Woman, estrelado por Lynda Carter, uma ex-Miss Mundo com pouca experiência de atuação.
O filme foi um sucesso e rendeu mais dois episódios em abril de 1976 e mais 11 episódios em um seriado que foi ao ar na rede semanalmente, entre 1976 e 1977, ano em que a CBS assumiu o show e o produziu por mais duas temporadas.
Em 2016, a Warner Bros. Pictures trouxe os personagens da DC Comics para o cinema no filme Batman vs Superman: A Origem da Justiça. A obra foi a primeira aparição cinematográfica de alguns heróis da gigante dos quadrinhos, incluindo a Mulher-Maravilha. Devido ao sucesso da personagem, a heroína ganhou o próprio filme no ano seguinte. Em 2019, ela retornou às telonas em Liga da Justiça.
O último filme da heroína foi Mulher-Maravilha 1984, lançado em 2020 no serviço HBO Max. Mulher Maravilha 3 está em andamento e um spin-off sobre as amazonas segue em produção, mas ainda não há confirmação se será filme ou série. Segundo a imprensa internacional, é provável que em breve a heroína ganhe uma série animada baseada em seus filmes no DC Universe.
Mulher-Maravilha e o feminismo
Considerada feminista por muitos, sua "biógrafa", a escritora e historiadora Jill Lepore afirmou, em uma entrevista à revista Cult, que a Mulher-Maravilha é feminista, mas tem uma relação complicada com a causa. Em seu livro A história secreta da Mulher-Maravilha, Jill aborda as ambiguidades da heroína.
Segundo a escritora, Diana "é sexualizada, mas poderosa; frágil e ao mesmo tempo forte; criada por um homem, mas inegavelmente feminista". A personagem foi idealizada pelo psicólogo polígamo William Moulton Marson, que se inspirou em suas três esposas — entre elas, a feminista Margaret Sanger, que foi enfermeira, sexóloga, escritora e ativista do controle de natalidade.
Em 2016, a Mulher-Maravilha foi nomeada Embaixadora das Mulheres na ONU, mas perdeu a cadeira após críticas de que a vaga deveria ser de uma mulher de verdade. No ano seguinte, o filme Mulher-Maravilha, apesar de bem recebido, sofreu críticas de feministas por trazer a atriz Gal Gadot em looks excessivamente decotados.
Na entrevista à Cult, Jill lembrou que embora Diana se forme na universidade logo no início de sua saga, o que a leva para fora de sua ilha natal é o interesse em um homem: Steve Trevor, um piloto do exército inglês.
A historiadora afirmou, contudo, que, em vários aspectos, a criação da Mulher-Maravilha foi muito importante para mulheres e em especial para as feministas. Diana foi a primeira a mostrar que mulheres também podem ser superpoderosas.
E você? Acompanhou a trajetória da Mulher-Maravilha? O que acha da personagem? Conte para a gente nos comentários e celebre conosco o aniversário dessa personagem icônica!