Rua do Medo: 1666 - tudo sobre o filme da trilogia da Netflix (spoilers)
Tecmundo
ATENÇÃO, SPOILERS À FRENTE!
Nesta sexta-feira (16), a Netflix lançou o último filme da trilogia Rua do Medo (Fear Street, no original), intitulado Rua do Medo: 1666. Ao longo da produção, os espectadores conhecem um pouco mais sobre a maldição que Sarah Fier teria lançado sobre Shadyside em 1666 — algo que impactaria drasticamente a vida de diversos residentes séculos mais tarde.
Portanto, saiba tudo sobre o longa-metragem lendo nosso texto completo sobre Rua do Medo: 1666!
(Netflix/Reprodução)
Consistindo em muito mais do que a simples soma dos dois filmes anteriores, a conclusão da trilogia é um projeto ambicioso, que mostra a força de Leigh Janiak no comando artístico da produção do streaming.
Ao viajar ao passado, a cineasta concentra-se em fornecer detalhes valiosos para a compreensão de determinados eventos apresentados anteriormente, mostrando uma rica construção dramática acerca da religiosidade da América colonial.
Nesse sentido, o que é visto em tela é uma verdadeira mescla de nuances aterrorizantes com relação à famigerada bruxa de Shadyside. Conectando-se diretamente à trama do segundo filme, Deena Johnson (Kiana Madeira), na década de 1990, é transportada ao passado, vivendo no corpo de Sarah, sobretudo por conta da mão decepada da bruxa que foi unida aos seus restos mortais.
Dessa maneira, a personagem acaba sentindo na pele todas as consequências de ser quem é, interagindo com rostos conhecidos do público durante os longas anteriores. Esse recurso é bastante interessante para familiarizar os espectadores com a narrativa, fazendo tudo parecer algo calmo e singelo, quando há muitas cenas de violência e tensão vindo pela frente.
Com o desenrolar dos acontecimentos, a sensação que parece preencher a tela é a de que a maldição quer fazer com que histórias sejam repetidas ao longo do tempo. E é exatamente isso que o filme provoca, mostrando como o destino pode ser cruel, mesmo que tentativas sejam realizadas para tentar reverter certos assuntos. Apesar dessa carga brutal, a produção consegue ser bastante envolvente e divertida em diversos momentos.
A sequência inicial também consegue ser impactante e fazer conexões com o restante da obra. Na cena em questão, há elementos muito gráficos, como uma faca ensanguentada e uma porca que está parindo seus filhotes. A crueza com que os personagens encaram a primeira adversidade à vista é algo muito bem orquestrado, trazendo pontos de vistas potentes para a audiência.
(Netflix/Reprodução)
E tudo isso colabora para uma atmosfera verdadeiramente assustadora, apesar de algumas incongruências anacrônicas que preenchem certas passagens. A relação de Sarah e Hannah (Olivia Scott Welch) é explorada em diversos momentos, sobretudo quando espalha-se o boato de que elas são um casal. Como Hannah é filha de um pastor, ele logo a proíbe de interagir com a suposta amiga.
Com isso, a cidade se revolta contra Sarah, sobretudo por seu jeito controverso. É a partir desse ponto que as nuances específicas sobre sua maldição são trazidas à tona, ilustrando de forma surpreendente como tudo teria acontecido. Fatos estranhos e curiosos rondam os residentes, que não conseguem enxergar outra razão a não ser a bruxaria de Sarah.
O clima de tensão continua a satisfazer os espectadores até culminar no que todos já sabiam desde o início que aconteceria. Mesmo assim, a apresentação da trama é bastante curiosa à medida que avança e a ansiedade latente colabora para que sentimentos extremos sejam passados para o público.
Esse talvez seja o grande trunfo da produção, concluindo a saga apresentada a semanas atrás de forma coerente com suas proposições iniciais.
Já conferiu o filme de terror da Netflix? Não se esqueça de nos contar o que achou dele!