Biden critica Trump por ritmo lento da vacinação contra a Covid-19 nos EUA
Reuters Brasil
Por Trevor Hunnicutt e Lisa Lambert
NOVA YORK (Reuters) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou nesta terça-feira o programa de vacinação do governo do presidente Donald Trump, afirmando que a campanha de imunização está abaixo das expectativas, e alertou que pode levar anos antes que a maioria dos norte-americanos receba as injeções necessárias.
Biden, falando em Wilmington, no Delaware, disse que cerca de 2 milhões de pessoas foram vacinadas até agora, bem abaixo das 20 milhões que Trump, que deixará o cargo em janeiro, havia prometido até o final do ano.
No atual ritmo, "vai levar anos, e não meses, para vacinar o povo americano", disse Biden.
"Como eu temia e alertava, os esforços para distribuir e administrar a vacina não estão progredindo como deveriam", acrescentou o democrata.
Para que a meta de Biden de garantir que 100 milhões de doses sejam administradas até o final de seu centésimo dia na Presidência seja cumprida, seria necessário "acelerar o atual ritmo em cinco ou seis vezes, para 1 milhão de doses por dia", acrescentou o ex-vice-presidente apontando que seria necessário que o Congresso aprovasse o repasse adicional de verbas.
"Mesmo com essa melhora, mesmo se acelerarmos a vacinação para 1 milhão por dia, ainda vai levar meses para que a maioria da população dos Estados Unidos seja vacinada", disse.
Biden, que toma posse no dia 20 de janeiro, disse que tornará a luta contra o coronavírus, que infectou mais de 19 milhões de norte-americanos e matou mais de 334 mil, sua principal prioridade.
O próximo presidente irá herdar os desafios logísticos da distribuição da vacina para centenas de milhões de norte-americanos, assim como a tarefa de convencer as pessoas que se preocupam com o fato de que seu desenvolvimento tenha sido acelerado a tomar o imunizante.
Biden e sua equipe alertaram que a vacina irá demorar para chegar à população geral e pedem que todos escutem as orientações de especialistas médicos para evitar a infecção pelo coronavírus.