Resumão da Semana: Oh! Seu Oscar!
![publisherLogo](https://timnews.com.br/system/media_partners/image_1x1s/4361/thumb/33GIGA.png)
33giga
![icon_WhatsApp](/images/share/icon_WhatsApp.png)
![icon_facebook](/images/share/icon_facebook.png)
![icon_email](/images/share/icon_email.png)
![icon_WhatsApp](/images/share/icon_WhatsApp.png)
![icon_facebook](/images/share/icon_facebook.png)
![icon_email](/images/share/icon_email.png)
Às vezes, é melhor ir direto ao ponto.
Pelo menos, é essa a lição que aprendemos com Oh! Seu Oscar!. Na singela canção de 1939, o pobre do Seu Oscar! está chegando em casa cansado do trabalho e é avisado pela vizinha – com um belo e sonoro Oh! Seu Oscar! – que sua esposa o abandonou e deixou um bilhete.
“Não posso mais. Eu quero é viver na orgia.”
A dona foi direto ao ponto, como percebemos. Não entrou em detalhes, não assinou o bilhete, deu nem “passar bem”. Deve ser a carta de separação mais trivial que se tem notícia – se estivesse pedindo um suco de manga por escrito, talvez floreasse um tanto mais.
“Não posso mais viver sem suco de manga. Mas tem que ser sem leite, porque manga com leite mata. Eu quero é viver na orgia com um copo de suco de manga na mão.”
Trocando em Miúdos, música de fossa e de separação do Chico, na mão de Ataulfo Alves e Wilson Batista (que, creio, são autores de Oh! Seu Oscar) viraria “Enfie o Neruda Onde Bem Quiser”. Ficaria boa também. Um pouco menos triste, um tanto mais rude. Mas justa, obviamente.
De qualquer forma, Oh! Seu Oscar! e Trocando em Miúdos (em ambas as versões, a real e a um tanto mais bruta) dão um final digno a relacionamentos.
E, indo direto ao ponto, vamos falar de streaming. Esse foi, aliás, o tema central do 33Giga durante a semana.
Poderia ter sido a volta do Neymar, que foi recebido com uma bolada no saco no primeiro minuto de jogo. Também foi recepcionado Véio da Havan (que equivale a outra bolada, essa metafórica, na alma e nas retinas). Maloca pesada!
Outra opção seria debatermos por aqui sobre a nova promessa do metrô no ABC. Essa, tão fake quanto as outras, já surge com várias dicas do engodo. A começar pelo vídeo do governador contracenando com ele mesmo em uns efeitos dignos de Chapolin e atuação de Cigano Igor.
Mas optamos por falar de streaming, no geral e no particular. No atacado e no varejo. Para começar, a Bianca ensina como cancelar a Netflix. E não é à toa: a plataforma tem o pior filme já feito pela humanidade (sim, supera Batman x Superman e aquele do ladrão de quadro com o 007 mais falido que já vi).
Chama Autoconfiança.
Dica da Marcella – que, para não sofrer sozinha, mandou um “queria saber o que acha, mas não vou comentar antes de você ver” –, o arremedo de filme não para em pé. Onde se lê “dica”, aliás, pode-se entender “vingança”, “sabotagem” ou algo assim.
Nessa convivência de anos, Marcella me indicou meia dúzia de filmes de terror excelentes. Agora, só por causa disso, virei refém da curadoria dela. Tudo o que ela diz que presta, lá vou eu assistir – e, boa parte das vezes, me arrependo (vide From, uma espécie de Lost 2.0 sem praia, sem aquele careca maquiavélico e, pelo que nos consta, sem fim).
Por causa de Assim Na Terra Como No Inferno, de Você é o Próximo ou de The Loved Ones, eu preciso sofrer tanto para o resto da vida? “A vida não é um morango, Sérgio”, ela me diz por meio de um bilhete.
Ao passo que preciso me humilhar por meses – anos, até –, para fazê-la assistir a um filme e eu saber o que achei dele (sim, preciso da opinião da Marcella, muitas vezes, para eu saber o que penso sobre algo. Foi assim que descobri que gosto de frango no almoço.)
Há anos também insisto para ela assistir ao melhor filme de terror de maluca e de separação (olha aí, Seu Oscar!, poderia ser pior, poderia virar filme o lance da orgia). A resposta é invariavelmente “sempre que vou ver, acontece um imprevisto, uma desgraça. Acho que é um sinal”. Da última, parece que o Bolsonaro foi eleito. Até eu achei por bem desistir de Possession.
Bom, Autoconfiança não tem graça, não faz sentido, não se sabe se o personagem está imaginando tudo (se estiver, só piora o filme; se não estiver, também só piora o filme). Não é comédia, não é suspense, não é drama. Não é nada, basicamente. Pelo menos tem só 90 minutos (e serão os piores 90 minutos da sua vida na frente da TV).
O que nos leva de volta ao tutorial sobre como cancelar a Netflix. Veio em boa hora.
Me recuso a morar no mesmo ambiente de Autoconfiança. Tenho medo de passar na sala e ele estar lá, sendo exibido. Pânico de abrir o celular e aparecer o camarada lá correndo de ninjas e fazendo “piadas” tão ruins como as que vemos no Facebook atualmente.
Para piorar, o filme tem o Andy Samberg como ele mesmo. E é mais constrangedor, até, do a personagem da Julia Roberts se passando pela atriz Julia Roberts naquele filme com o Batman e um monte de ladrão bonito e um asiático contorcionista e umas orgias eventuais. Oh! Seu Oscar!
–
E, voltando à vaca fria, falemos do que mais de streaming tratamos no 33Giga essa semana. A saber:
Aqui, o pessoal do Núcleo fez uma calculadora para saber quanto você gasta ou gastaria com streaming (agora, eu, um pouco menos)
Um apanhado de vídeos das cantoras mais ouvidas no YouTube – e a prova da decadência moral da humanidade, claro. Cadê Jovelina Pérola Negra com Feirinha da Pavuna (Confusão de Legumes)?
Parece que o Brasil vai lançar um streaming gratuito de filmes nacionais e vai chamar Chupa, Emília Perez ou coisa assim
Um teste bacaninha de um fone da Tronsmart, que, como sabemos, sempre agrada pelo bom e barato (sem contar o nome da marca lembrar vilão de filme dos Transformers)
E é isso. Abaixo, você lê as colunas anteriores.
E, se você perdeu as colunas anteriores, em formato de resumo, seguem abaixo.
Resumão da Semana: O Milagre do Ladrão
Resumão da Semana: Alucinações Sexuais de um Macaco
Resumão da Semana: Instagram, BlueSky e 10 anos de 33Giga
![icon_WhatsApp](/images/share/icon_WhatsApp.png)
![icon_facebook](/images/share/icon_facebook.png)
![icon_email](/images/share/icon_email.png)