Aos 82 anos, morre Antônio Pedro, um dos grandes ícones da arte brasileira
Anamaria
Luto! Neste domingo (12), O mundo das artes brasileiras perdeu, aos 82 anos, um dos seus grandes nomes: Antônio Pedro Borges de Oliveira. O ator, diretor, roteirista e produtor faleceu em decorrência de insuficiências renal e cardíaca, após ficar internado em um hospital no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela filha do ator, Ana Baird, nas redes sociais.
No Instagram, ela compartilhou uma sequência de fotos ao lado do pai. Na última delas, Antônio aparece acamado. "Referência. Amor incondicional. Honra e orgulho. Obrigada por tudo. Obrigada por tanto. Vai na luz, Pai. Tem um elenco maravilhoso te esperando do outro lado para a festa. O Teatro te agradece. Eu te agradeço imensamente. Te amo", escreveu na legenda.
O velório será realizado, amanhã, a partir das 10h30, na capela 2 do Crematório e Cemitério da Penitência. Às 15h30, o ator será cremado. Ele deixa três filhos: as atrizes Alice Borges e Ana Baird e Fabio Borges, de seu relacionamento com Andrea Bordadagua.
UMA VIDA DEDICADA ÀS ARTES
Antônio Pedro Borges de Oliveira foi uma figura conhecida na televisão e no cinema. Ele começou a carreira na década de 1960 e participou de dezenas de filmes, peças e produções para as telinhas.
Na TV, ele estreou em 1969, na novela "Super Plá", da Rede Tupi. Sua estreia na TV Globo ficou por conta da novela "O Bofé". Entre os títulos famosos no currículo de Antônio estão: "Sassaricando" (1987), "Bebê a Bordo" (1988), "Escolinha do Professor Raimundo" (1990/92/94), "Caça Talentos" (1996), "Explode Coração" (1996) e "Sítio do Picapau Amarelo" (2002).
Antônio Pedro também teve presença marcante no cinema nacional, atuando em clássicos como "Gabriela, Cravo e Canela", "Dias Melhores Virão" e "O Que É Isso, Companheiro?". Entre seus últimos trabalhos no cinema, estão o infantil ‘DPA 2" e a comédia "Meu Passado me Condena 2”.
CARREIRA NA POLÍTICA
Antônio Pedro teve uma parte de sua carreira voltada à política. Na ditadura militar, ele atuou como militante do Partido Democrático Trabalhista, o PDT. No início dos anos 1980, foi nomeado diretor de teatros da Funari – Fundação Anita Mantuano de Artes do Rio de Janeiro.
Com o fim da ditadura, Antônio ocupou o cargo de secretário municipal da Cultura do Rio de Janeiro, em 1986. Posteriormente, o ator assumiu a mesma função em Volta Redonda, também no Rio.
Dedicado aos palcos, ele coordenou o projeto Teatro da UERJ – a Universidade do Estado do Rio de Janeiro – nos anos 90, produzindo 17 espetáculos. Ele sempre teve sua desenvoltura elogiada pelos colegas de profissão.