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A história real que inspirou o filme 'O Dia do Atentado'
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A história real que inspirou o filme 'O Dia do Atentado'

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Aventuras Na História
10/04/2023 21h54
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©Divulgação/ Lionsgate e Divulgação/ Wikimedia Commons/ Aaron Tang
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Todos os anos, a cidade de Boston, localizada no estado norte-americano de Massachusetts, celebra no início do mês de abril o feriado do Dia do Patriota, uma data comemorativa que busca relembrar as primeiras batalhas da Guerra de Independência dos Estados Unidos — isso é, conflito através do qual o território deixou de ser uma colônia da Inglaterra. 

As festividades do Dia do Patriota incluem inúmeros eventos tradicionais, entre eles encenações dos confrontos históricos e ainda a famosa maratona de Boston, que possui cerca de 42 quilômetros de distância. 

No fatídico ano de 2013, porém, o típico clima de celebração e senso de comunidade desta corrida foi substituído pelo caos e pânico gerados por um ataque terrorista.

O chocante episódio é relembrado através do filme "O Dia do Atentado", que foi lançado em 2017 e cujos roteiristas ouviram relatos de sobreviventes para construir uma narrativa o mais próxima da realidade quanto possível.

Vale enfatizar, todavia, que ainda é uma produção ficcional, e não um documentário, de forma que seus criadores tomaram liberdades artísticas, alterando alguns fatos em sua adaptação da história real ao cinema. 

 

O dia do atentado

Em 15 de abril de 2013, perto das três da tarde, a maratona de Boston foi interrompida por duas destrutivas explosões nas proximidades da linha de chegada, com a segunda detonando cerca de 12 segundos após a primeira, conforme repercutiu o portal Boston.com. 

Os dispositivos explosivos consistiam de bombas caseiras escondidas dentro de mochilas em meio à plateia. Elas eram feitas com panelas de pressão e preenchidas com pregos e outros projéteis, com os estilhaços tendo atingido inúmeras vítimas. 

O trágico atentado deixou um saldo de 3 mortos e mais de 260 feridos, abalando a população norte-americana e dando um pontapé imediato a uma tensa investigação e posterior caçada policial conduzidas pelo FBI. 

Fotografia do local do atentado após a retirada das vítimas / Crédito: Divulgação/ Wikimedia Commons/ Aaron Tang

 

O órgão policial foi capaz de responder com a urgência pedida pela situação: através da análise de filmagens e fotografias feitas durante a maratona, seus agentes levaram apenas três dias para determinar seus principais suspeitos — que tinham, porém, um perfil inesperado. 

Terroristas "autodidatas"

Dzhokhar e Tamerlan Tsarnaev eram dois irmãos de 26 e 20 anos de etnia chechena que haviam emigrado legalmente para os Estados Unidos com sua família quando eram mais novos.

Montagem mostrando Tamerlan Tsarnaev à esquerda e Dzhokhar Tsarnaev à direita / Crédito: Domínio Público

 

Os jovens teriam organizado o episódio de terrorismo doméstico como resultado de sua ideologia fundamentalista islâmica. A parte chocante, todavia, é que eles teriam se convertido às crenças extremas por conta própria, passando por um processo que foi descrito pelas autoridades como de "autorradicalização", segundo informado pela CNN. 

Suas ideias viriam principalmente do consumo de conteúdos extremistas disponibilizados na internet pela Al-Qaeda da Península Arábica (AQPA). A dupla, no entanto, não possuía conexões concretas com o grupo radical islâmico, tendo agido de forma completamente independente em seu planejamento e execução do bombardeiro da corrida de Boston. 

A captura

No dia 18 de abril, quando os irmãos Tsarnev foram identificados publicamente como os suspeitos do atentado, um policial foi assassinado a tiros no campus do MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e, a seguir, um carro foi roubado, crimes que rapidamente revelariam ter sido cometidos pela dupla de jovens de ascendência chechena. 

Eles acabaram sendo encurralados por oficiais, e, após uma troca de tiros, Tamerlan (o mais velho dos dois) acabou sendo fatalmente ferido. Ele chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. 

Seu irmão caçula, Dzhokhar, conseguiu escapar, mas acabou se tornando o alvo de uma intensa caçada policial pelo decorrer das próximas horas, com os moradores da área onde ele estava sendo orientados a permanecerem trancados em suas casas até segunda ordem, de acordo com informações do site Britannica. 

Ele acabou sendo capturado no dia 19 de abril, após ser encontrado se escondendo no interior de um barco. O jovem de 20 anos foi condenado à morte em 2015 devido à sua participação no devastador atentado terrorista, com a sentença tendo sido trocada para uma pena perpétua em 2020, e sendo novamente mudada para a pena capital em 2022. 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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