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Advogado faz alerta sobre declarações nazistas de Kanye West
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Advogado faz alerta sobre declarações nazistas de Kanye West

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Aventuras Na História
13/02/2025 14h13
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©Getty Images
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Nos últimos tempos, Kanye West, atualmente conhecido como Ye, tem se envolvido em polêmicas devido a declarações abertamente antissemitas e favoráveis ao nazismo.

Durante entrevistas e publicações em redes sociais, o rapper chegou a afirmar que "ama Hitler" e que se considera um nazista, além de exaltar o regime totalitário que governou a Alemanha entre 1933 e 1945. Essas falas geraram revolta global e resultaram em severas consequências para sua carreira e reputação.

O nazismo, liderado por Adolf Hitler, foi um movimento político que levou a Alemanha à Segunda Guerra Mundial e promoveu um regime de extrema violência e intolerância. Sob o comando do Partido Nazista, milhões de pessoas foram perseguidas, especialmente judeus, ciganos, pessoas com deficiência, comunistas e outros grupos que eram considerados "indesejáveis" pelo regime. O Holocausto, uma das maiores tragédias da história, resultou no assassinato de aproximadamente seis milhões de judeus em campos de extermínio, como Auschwitz e Treblinka.

As declarações de Ye foram recebidas com indignação por diversas instituições e empresas. Marcas de peso, como Adidas e Balenciaga, romperam laços com o rapper, destacando que suas falas são inaceitáveis e incitam o ódio. Além disso, sua agência de talentos, CAA, encerrou sua parceria com ele, e a plataforma de comércio eletrônico Shopify removeu produtos da Yeezy que continham símbolos associados ao nazismo.

O advogado e ativista judeu Nilton Serson comentou o caso, ressaltando os perigos desse tipo de discurso: "As falas de Kanye West são extremamente preocupantes porque legitimam o antissemitismo e minimizam as atrocidades cometidas pelos nazistas. Ele tem milhões de seguidores, e declarações desse tipo incentivam a disseminação do ódio e da desinformação sobre o Holocausto. Precisamos lembrar que a liberdade de expressão tem limites quando se trata de incitação à violência e à discriminação."

Uma campanha recente contra as falas antissemitas de Kanye West utilizou inteligência artificial para criar um vídeo impactante. A peça, desenvolvida pelo especialista israelense em IA generativa Ori Bejerano, apresenta versões simuladas de celebridades judaicas, como Scarlett Johansson, Adam Sandler, Drake, Jerry Seinfeld, Mark Zuckerberg e Michael Bloomberg, expressando repúdio às declarações do rapper.

No vídeo, as figuras públicas geradas por IA aparecem vestindo camisetas com uma imagem de uma mão fazendo um gesto obsceno ao lado de uma Estrela de Davi, com o nome de West abaixo. A montagem termina com uma versão simulada de Adam Sandler reforçando o gesto, seguido da mensagem "Enough Is Enough" ("Já Chega"). A intenção da campanha é expor a gravidade das falas do artista e pressionar o mercado e o público a reagirem.

O criador da iniciativa, Bejerano, afirmou que o objetivo é destacar o perigo do discurso de ódio e mobilizar a sociedade contra qualquer forma de antissemitismo. "As palavras têm poder, e quando uma figura influente como Kanye West propaga discursos nazistas, há consequências reais. Esse vídeo é um alerta de que não podemos normalizar esse tipo de postura", declarou.

O advogado e ativista judeu Nilton Serson ressalta o impacto da campanha e os perigos do discurso de Kanye West. "As falas de Kanye West não são apenas polêmicas; são perigosas. Quando ele exalta Hitler e propaga símbolos nazistas, ele está reescrevendo a história de maneira perversa e incentivando o ódio. Campanhas como essa são uma forma moderna de resistência, mas também evidenciam a necessidade de mecanismos legais mais firmes contra discursos extremistas", afirmou Serson.

Além do boicote por parte das empresas, Kanye West também enfrenta processos judiciais. Uma ex-funcionária da Yeezy, que é judia, entrou com uma ação contra o rapper, alegando ter sido vítima de assédio moral e discurso de ódio no ambiente de trabalho. Segundo ela, Ye fazia declarações abertamente nazistas e criava um ambiente hostil para funcionários de origem judaica.

O caso reacendeu debates sobre os limites da liberdade de expressão e as responsabilidades das celebridades ao utilizar sua plataforma para propagar ideias extremistas. Enquanto Kanye West continua enfrentando rejeição do público e do mercado, cresce a pressão para que ações concretas sejam tomadas contra a disseminação de discursos de ódio em espaços públicos e digitais.

Nilton Serson também destacou a necessidade de consequências concretas para evitar a normalização desse tipo de discurso: "É essencial que figuras públicas sejam responsabilizadas quando utilizam sua influência para espalhar mensagens que incentivam o preconceito. O corte de relações por parte das empresas é um passo importante, mas também é necessário que medidas legais sejam analisadas para que esse tipo de comportamento não fique impune” finaliza.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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