Ator que interpretou Bob Dylan diz que 'não conhecia legado musical' do cantor

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Bob Dylan, aos 83 anos, é conhecido por sua relutância em assistir a produções que retratam sua vida. Surpreendentemente, o cantor expressou sua opinião sobre Timothée Chalamet, de 29 anos, elogiando a atuação do jovem ator no filme "Um Completo Desconhecido", que estreia no Brasil nesta quinta-feira, dia 27.
Dylan afirmou acreditar que Chalamet seria "completamente crível" interpretando uma versão mais jovem de si mesmo.
Em entrevista ao F5, da Folha, Chalamet revelou estar atônito com o reconhecimento de Dylan. "Estou muito, muito agradecido, do fundo do meu coração. Nem sei mais o que dizer", comentou, destacando a honra de receber tal elogio do ícone da música folk.
A modéstia aparente do ator contrasta com seu currículo impressionante. Durante uma videoconferência para promover o filme, Chalamet compartilhou que recebeu sua segunda indicação ao Oscar de Melhor Ator por este trabalho, um feito notável para um artista com menos de 30 anos; desde James Dean, nenhum outro ator nessa faixa etária alcançou essa marca.
Um Completo Desconhecido
O projeto sobre Bob Dylan foi anunciado em 2020 e enfrentou adiamentos devido à pandemia e à greve dos atores. Mesmo assim, Chalamet manteve-se comprometido, ensaiando para cantar e tocar como o músico, visando garantir autenticidade ao seu desempenho.
"Bem, eu tive tanto tempo para trabalhar nisso que, quando começamos, foi honestamente muito divertido e eu tinha uma certa confiança em fazê-lo, o que eu acho que tornou todo o processo realmente agradável, do início ao fim", disse o ator.
Após ser convidado para o papel, Chalamet mergulhou no universo musical de Dylan. Ele admitiu que antes disso tinha pouco conhecimento sobre o legado do cantor e a influência cultural dos anos 60. "Eu realmente não sabia muito sobre o legado musical dele".
Eu realmente não sabia muito sobre os anos 60 e o impacto cultural e musical dos anos 60. Então eu era bastante ingênuo em relação a tudo isso", completou.
No entanto, após sua pesquisa e imersão na obra de Dylan, ele se declarou um fervoroso admirador. "Agora sou completamente devoto da igreja do Bob. Sou um grande fã de toda a sua música e muito respeitoso com seu trabalho e também com toda a música em torno de Bob dos anos 60".
O filme se concentra em um momento específico da trajetória de Dylan: sua chegada a Nova York no início dos anos 1960 e a ascensão no cenário folk até sua ousada decisão de incorporar novos elementos musicais como a guitarra elétrica. A narrativa também explora alguns dos romances significativos da vida do cantor, incluindo seu relacionamento com Joan Baez, interpretada por Monica Barbaro, que concorre ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.


