Irmãos Menendez: decisão recente complica a situação de Lyle e Erik

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Lyle e Erik Menendez, condenados à prisão perpétua pelo assassinato de seus pais em 1990, veem a possibilidade de uma nova audiência para reavaliar suas penas. No entanto, o promotor público de Los Angeles, Nathan Hockman, condicionou a revisão à admissão completa de todas as mentiras que os irmãos teriam contado.
Hockman afirma que a promotoria ofereceu um caminho para que os irmãos Menendez possam, potencialmente, sair da prisão: "Isso exige que, finalmente, depois de mais de 30 anos, eles reconheçam totalmente e assumam completa responsabilidade por toda a extensão dos crimes e por todas as mentiras que contaram", afirmou em audiência. Ainda segundo ele, os irmãos admitiram apenas 4 das 20 mentiras que teriam contado na tentativa de encobrir o crime.
O advogado de defesa, Mark Geracos, contesta a afirmação ao TMZ, alegando que seus clientes foram "interrogados por semanas e assumiram todas as mentiras". Ele defende que o foco deveria ser a reabilitação dos irmãos, e não a continuidade das etapas de julgamento.
Voltou à tona
O caso dos irmãos Menendez voltou a ganhar notoriedade após o lançamento da série 'Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos pais', da Netflix. A série documental reacendeu o debate sobre os abusos que os irmãos alegam ter sofrido do pai, Jose Menendez, e a necessidade da pena de prisão perpétua.
Em outubro de 2024, o jornalista Robert Rand, que acompanha o caso há anos, encontrou uma carta escrita pelos irmãos em 1989, meses antes do crime, no quarto do primo falecido, Andy Cano. A carta, usada como prova pela defesa, narra o medo e o sofrimento dos irmãos em relação ao pai.
"Toda noite, fico acordado pensando que ele pode vir. Preciso tirar isso da minha mente. Eu sei o que você disse antes, mas estou com medo", escreveu Erik na carta.
A audiência que discutirá a possível liberdade dos Menendez está prevista para o dia 20 de março. Lyle e Erik, agora com 54 e 57 anos, respectivamente, estão presos há 35 anos. A decisão da promotoria de condicionar a revisão da pena à confissão completa dos crimes adiciona mais um capítulo a este caso complexo e controverso.


