Karla Sofía Gascón vai renunciar indicação ao Oscar? Atriz responde
Aventuras Na História
A atriz Karla Sofía Gascón, indicada ao Oscar por sua performance no filme "Emilia Pérez", continuará em busca da estatueta de Melhor Atriz, mesmo diante das controvérsias geradas por publicações antigas em suas redes sociais.
Gascón fez história ao se tornar a primeira pessoa trans a receber uma indicação ao Oscar na categoria de atuação.
Karla foi reconhecida pela Academia por seu papel no longa, um drama musical policial que narra a trajetória de um traficante de drogas mexicano em busca de uma cirurgia de redesignação de gênero.
Em uma entrevista concedida ao jornalista Juan Carlos Arciniegas da CNN, Gascón reiterou suas desculpas a todos que possam ter se sentido ofendidos por suas declarações passadas.
Eu não posso renunciar a uma indicação ao Oscar porque não cometi nenhum crime nem prejudiquei ninguém. Não sou nem racista, nem qualquer coisa que todas essas pessoas tentaram fazer com que os outros acreditem que eu sou”, afirmou ela à CNN.
A polêmica ganhou força após a jornalista Sarah Hagi divulgar prints de postagens anteriores de Gascón nas quais ela expressava opiniões controversas sobre a cultura muçulmana, o caso de George Floyd e a própria cerimônia do Oscar.
Pedido de desculpas
Após o surgimento das críticas, Gascón optou por desativar seu perfil na plataforma X (antigo Twitter) e se desculpou pelas postagens. "Como alguém que pertence a uma comunidade marginalizada, conheço bem o sofrimento e lamento profundamente ter causado dor", declarou em um comunicado à CNN. "Sempre lutei por um mundo melhor e acredito que a luz sempre prevalecerá sobre a escuridão".
Entre as postagens que geraram mais repercussão, Gascón se referiu ao caso de George Floyd, afirmando: “Acredito que poucos realmente se importaram com George Floyd, um golpista viciado em drogas.”
Além disso, durante a cerimônia do Oscar em 2021, criticou o evento, dizendo: “Os Oscars parecem cada vez mais uma premiação de cinema independente; não sabia se estava assistindo a um festival afro-coreano ou uma manifestação do Black Lives Matter.”