Morte da princesa Margaret quebrou antiga tradição da monarquia
Aventuras Na História
No próximo dia 14, chega à Netflix os seis episódios que vão concluir uma das séries mais populares da plataforma: 'The Crown'. Atualmente na sexta temporada, a produção é uma mistura de elementos reais com ficção para contar parte da história recente da família real britânica, desde o início do reinado da rainha Elizabeth II, que faleceu em 8 de setembro de 2022.
A primeira parte da temporada seis de 'The Crown', com quatro episódios, acompanha um dos momentos mais turbulentos da história da realeza britânica das últimas décadas: a trágica morte da princesa Diana, ocorrida em 31 de agosto de 1997.
Para a segunda parte, por sua vez, a série contará com um salto temporal para a década de 2000, momento em que a monarquia britânica precisa, mais uma vez, encarar as mudanças da sociedade mais moderna.
Na época retratada, o príncipe William (Ed McVey) retoma a vida após perder a mãe, vai para a faculdade e conhece Kate Middleton, hoje sua esposa; além disso, a produção também retratará alguns dos problemas da monarquia frente a maneira como lidou com a morte de Diana, chegando ao fim em acontecimentos de 2005.
A morte da princesa
Em 2002, um evento também abalou a realeza: a morte de Margaret, única irmã da rainha Elizabeth II, aos 71 anos. Interpretada por Lesley Manville em 'The Crown', ela faleceu em decorrência de um derrame seguido de problemas cardíacos, apenas três dias após o 50º aniversário da morte de seu pai.
No entanto, o que nem todos sabem é que, após o óbito, uma antiga tradição da realeza britânica acabou quebrada para atender o desejo da princesa: o descanso final ao lado de familiares. Entenda!
Capela de São Jorge
Dedicada ao santo padroeiro da Inglaterra — e também principal templo da mais antiga e nobre ordem de cavalaria do Reino Unido, a Ordem da Jarreteira —, a Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor, é ainda mais conhecida por servir como local de descanso de algumas figuras importantes recentes da monarquia britânica, onde estão enterrados o príncipe Philip, a 'Rainha Mãe' Elizabeth, a própria Elizabeth II, e até figuras bem mais antigas, como o rei Henrique VIII.
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No entanto, como Margaret queria ser enterrada naquele lugar — em vez de, por exemplo, no palácio Frogmore House —, os responsáveis pela organização do local se depararam com um problema: não havia espaço, repercute a Cosmopolitan com informações do The Scotsman. Havia uma vaga destinada a Elizabeth II. A solução encontrada para essa questão marcou a quebra de uma antiga tradição da realeza.
"Ela me disse que achou Frogmore muito sombrio", afirmou Lady Glenconner, uma ex-dama de companhia de Margaret. "Acho que ela gostaria de estar com o falecido rei".
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A cremação
Até 2002, os membros da monarquia britânica eram enterrados. Porém, para solucionar o problema do espaço, foi decidido que Margaret seria, pela primeira vez na história da família real que se tem relatada, cremada, num procedimento realizado pela Slough Crematorium.
Segundo a revista Town and Country, após a cremação, as cinzas de Margaret foram encaminhadas de volta a Windsor, onde ainda hoje permanecem, no Royal Vault, uma câmara funerária bem abaixo do altar da Capela de São Jorge, descansando ao lado do túmulo de sua mãe e de seu pai.