Ninho do Urubu: Documentário da Netflix retrata o incêndio
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Nesta quarta-feira, 14, chegou ao catálogo da Netflix a minissérie documental 'O Ninho: Futebol & Tragédia', que relata o trágico incêndio no centro de treinamento do Flamengo que matou 10 atletas da categoria de base em 2019.
'O Ninho: Futebol & Tragédia', dividido em três episódios, mostra o que aconteceu com os sobreviventes do Incêndio no Ninho do Urubu; o luto e a luta por Justiça das famílias das vítimas; e também busca entender os acontecimentos que levaram à tragédia — com depoimentos de jornalistas profissionais do futebol.
+ Incêndio no Ninho do Urubu: O que aconteceu com as vítimas e os responsáveis?
Cenas dramatizadas
A minissérie documental ainda traz imagens inéditas do incêndio e recria momentos da fatídica noite com cenas dramatizadas. Segundo a Netflix, a ideia é alimentar o debate sobre as causas da tragédia, que marcou a história do futebol brasileiro, e as consequências do acontecimento, promovendo uma reflexão social para que tragédias como essa não voltem a acontecer.
Por que o incêndio aconteceu? Essa é uma das perguntas que pontuam a minissérie documental O Ninho: Futebol & Tragédia da Netflix. Familiares das vítimas e jornalistas envolvidos na investigação da tragédia questionam o que de fato ocorreu no centro de treinamento do Flamengo, em 2019", diz a sinopse da produção. Assista ao trailer!
Incêndio no Ninho
Às 5 horas da manhã do dia 8 de fevereiro, um incêndio acometeu o Ninho do Urubu — nome dado ao centro de treinamento do Flamengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
No momento em que o fogo começou — que teria sido causado por um curto-circuito no ar-condicionado do local —, 26 atletas das categorias de base estavam alojados e dormiam no CT. Como consequência da tragédia, 10 deles perderam suas vidas.
As vítimas foram meninos que tinham entre 14 e 16 anos: Athila Paixão, Arthur Vinícius, Bernardo Pisetta, Gedson Santos e Pablo Henrique Matos que tinham 14; Christian Esmério, Jorge Eduardo Santos, Samuel Thomas e Vitor Isaías, com 15; e Rykelmo de Souza, que tinha 16.
Segundo a documentação do próprio Flamengo, o local onde ficava o alojamento do Centro de Treinamento seria transformado em um estacionamento. O clube alegou, à época, que todas as equipes da categoria de base ocupariam um moderno módulo profissional que seria utilizado uma semana após o episódio — mas como alguns atletas voltaram antes das férias, foram abrigados naquele espaço.
De acordo com o El País, o rubro-negro não possuía alvará para que os quartos funcionassem naquele local. Além do mais, o portal de notícias UOL publicou uma matéria alegando que o Flamengo sabia dos riscos no centro de treinamento, devido às precaridades das instalações elétricas, pelo menos, nove meses antes da tragédia.
Desta forma, o Ministério Público acabou indiciando oito pessoas pelo incêndio, entre elas, o então presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, que passou a responder por "incêndio culposo". Até hoje, porém, nenhuma pessoa foi punida criminalmente.