Próteses e estudos: Como ator se transformou em Leonard Bernstein no filme Maestro
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Lançado pela Netflix no último ano, 'Maestro' chamou atenção dos telespectadores ao retratar a ilustre trajetória de Leonard Bernstein, o primeiro maestro nascido nos EUA a liderar uma orquestra sinfônica americana.
Além de diretor do filme, o astro Bradley Cooper também cumpriu o difícil papel de interpretar o protagonista. Além de encarar horas de maquiagem, o artista também precisou se dedicar aos estudos para entregar o papel com responsabilidade.
Em entrevista à People, Jamie Bernstein, filha do maestro, disse que os familiares se impressionaram com o nível de comprometimento do ator.
Não tínhamos ideia de que Bradley tinha esse nível de intensidade e comprometimento com uma coisa quando a controlava. No filme, quando ele está em movimento, ele se parece tão exatamente com nosso pai que nos deixa boquiabertos", explicou ela ao veículo.
Mais de 100 próteses
Para conseguir a aparência mais fiel possível, o ator precisou utilizar um total de 137 próteses durante as filmagens. O resultado só foi possível graças a colaboração com Kazu Hiro, especialista em efeitos de maquiagem.
Para o filme, ele elaborou quatro conjuntos completos de próteses, além de dois macacões. Assim, foi possível retratar do início ao fim da trajetória de Bernstein.
“Ao todo, criei 137 peças individuais, variando de pequenas a grandes”, explicou Hiro à revista People.
Além dos traços físicos, o artista também utilizou um protetor nasal especial. O item foi capaz de alterar o formato do nariz e até mesmo as entonações. Assim, foi possível deixar a voz de Cooper mais semelhante a do maestro, repercute a CNN.
As próteses resultaram em críticas. Afinal, Bernstein era judeu e muitos enxergaram a representação de seu nariz como antissemitismo. Os filhos do maestro, entretanto, saíram em defesa de Cooper. Em comunicado, alegaram que estavam "perfeitamente bem" com a maquiagem e que "nosso pai teria ficado bem" com isso.
Estudos
Outro fato impressionante sobre a dedicação de Bradley para o filme é o fato do ator ter estudado durante seis anos para conduzir a Orquestra Sinfônica de Londres no filme. Na vida real, o episódio marcante ocorreu na Catedral de Ely no ano de 1976.
"Esta cena me deixou muito preocupado porque a fizemos ao vivo", afirmou o ator durante conversa com Lin-Manuel Miranda. "Foi com a própria Orquestra Sinfônica de Londres. Foi gravado ao vivo. Eu tive que conduzi-los. Passei seis anos aprendendo a reger seis minutos e 21 segundos de música".
Cooper também explicou que estudou o material bruto de Bernstein durante a apresentação na Catedral de Ely.
“Consegui obter a visão bruta de Leonard Bernstein na Catedral de Ely com a Orquestra Sinfônica de Londres em 1976. E então, tive que estudar isso”, enfatizou o ator, que também relembrou a ajuda de Yannick Nézet-Séguin, o diretor do Metropolitan Opera.